Entenda o que diz o Relatório de Estabilidade Financeira 2021 do Banco Central do Brasil
O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) é uma publicação semestral do Banco Central do Brasil (BCB) que apresenta um panorama da evolução recente e perspectivas para a estabilidade financeira no Brasil. Assim sendo, o REF tem foco nos principais riscos e na resiliência do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Confira alguns trechos importantes!
O REF comunica a visão do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) sobre a política e as medidas para preservação da estabilidade financeira.
Conforme informa o próprio BCB, o Banco Central define estabilidade financeira como a manutenção, ao longo do tempo e em qualquer cenário econômico.
O BCB avalia que o SFN está preparado para enfrentar as incertezas relativas aos desdobramentos da pandemia
Sendo assim, ao longo de 2020, o SFN alcançou o maior valor histórico de provisões para Ativos Problemáticos (APs), melhorou a capitalização e manteve liquidez confortável, conforme informações do relatório.
A atividade econômica doméstica recuperava-se de forma consistente até o final de 2020. Conforme informa o relatório, os primeiros sinais para 2021 também foram positivos, mas o cenário é de prudência. Uma vez que esses dados ainda não contemplaram os efeitos do recente e agudo aumento de casos de Covid-19.
O funcionamento do SFN não sofreu interrupções significativas
Embora não seja o esperado, esse cenário pode levar a perdas com crédito superiores às estimadas. Ainda, conforme o relatório disponibilizado pelo BC, a eventual reversão na atividade econômica provavelmente seria seguida por rápida recuperação, especialmente no segundo semestre, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente.
O relatório diz que o funcionamento do SFN não sofreu interrupções significativas, devido aos bons níveis de capitalização, liquidez e provisões constituídos antes da pandemia.
Sendo assim, em linha com a opinião do BCB em REFs anteriores, a gestão, a supervisão do SFN. Bem como as medidas promovidas por governo federal, Conselho Monetário Nacional (CMN) e BCB permitiram que as instituições financeiras (IFs) atuassem como amortecedores ao choque pelo que passa a economia real.
A materialização de perdas decorrentes da redução da atividade econômica
Ainda assim, houve impactos à saúde financeira do sistema, com a materialização de perdas decorrentes da redução da atividade econômica, conforme diz o relatório do BCB.
Pois, o mercado continua preocupado com os desdobramentos da pandemia. As IFs pesquisadas mantêm atenção elevada com a inadimplência e com a redução da atividade econômica.
Além disso, as IFs acreditam que atrasos na vacinação e o surgimento de novas cepas do coronavírus podem prolongar a crise sanitária. E assim, exigir mais gastos para proteger a população vulnerável e incentivar a economia.
O sistema financeiro das principais economias segue resiliente
Conforme o relatório, isso aumentaria o já elevado risco fiscal. Não obstante, a confiança das IFs na estabilidade financeira durante toda a pandemia tem permanecido elevada, bem acima do que estava durante a recessão de 2015-2016. No âmbito global, o sistema financeiro das principais economias segue resiliente. O risco sistêmico aumentou durante a pandemia, mas tem se reduzido nos últimos meses.