Prorrogação do auxílio emergencial até 2022 DESTA forma
De acordo com informações de bastidores, membros do grupo político conhecido como Centrão pressionam pela prorrogação do Auxílio
Nenhum grupo político quer tanto a prorrogação do Auxílio Emergencial agora quanto o Centrão. De acordo com informações de bastidores, esses parlamentares estão fazendo pressão não apenas pela extensão do benefício, como também para que ele aconteça fora do teto de gastos públicos.
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Mas qual seria o sentido disso? Fontes de dentro do Congresso Nacional afirmam que vários políticos estão preocupados com a questão das emendas parlamentares. E essa preocupação estaria aumentando agora por causa da proximidade das eleições que deverão acontecer no próximo ano.
O plano do Centrão é fazer com que a prorrogação do Auxílio Emergencial passe fora do teto de gastos. Assim, sobraria espaço no orçamento para que o Palácio do Planalto possa pagar essas emendas sem maiores problemas. Pelo menos essas são informações que estão circulando pela imprensa nesta quinta-feira (14).
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em entrevista recente que precisa aprovar a PEC dos precatórios. Esse assunto é complexo, mas o que interessa saber aqui é que a aprovação desse documento poderia abrir um espaço de algo em torno de R$ 50 bilhões para o Governo Federal no próximo ano.
Ainda de acordo com informações da imprensa, no entanto, isso não seria suficiente para o Centrão. Por isso eles querem que além da aprovação dessa PEC dos precatórios, o Congresso Nacional acabe aprovando também o aumento no valor créditos extraordinários para a prorrogação do Auxílio Emergencial
Ministério vê ‘tempestade perfeita’
Esse cenário de extensão do benefício com recursos de fora do teto de gastos seria, portanto, a “tempestade perfeita”. Membros da pasta acreditam que esse poderia ser o pior movimento para as contas púbicas.
A ideia é que se o Centrão conseguir isso, o Governo Federal vai conseguir um grande espaço no teto de gastos para gastar muito no próximo ano. E isso é tudo o que o Palácio do Planalto quer neste momento.
Por isso, membros do Ministério da Economia estão fazendo pressão para que isso não aconteça. De acordo com o jornal Estadão, o Secretário Especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, teria adiantado que não vai assinar nenhuma prorrogação do Auxílio Emergencial nessas condições.
Auxílio Brasil
Vale lembrar que essa é apenas a discussão sobre o futuro do Auxílio Emergencial. Só que o Governo Federal ainda tem outros problemas para resolver. Uma dessas questões, por exemplo, é o novo Bolsa Família.
A Medida Provisória (MP) desse programa já está em tramitação no Congresso Nacional. Apesar de falar sobre a estrutura do projeto, o documento em questão não mostra uma série de detalhes como quantas pessoas irão receber esse dinheiro.
Também não se sabe até aqui qual vai ser a nova média de pagamentos. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, a atual versão do Bolsa Família paga uma média de R$ 189 para cerca de 14,6 milhões de brasileiros todos os meses. A ideia é subir esse valor para R$ 300. Além disso, a quantidade de usuários subiria para a casa dos 17 milhões.