Entre 2021 e 2031, projeta-se um aumento de 3,4% ao ano para a atividade do transporte de cargas. Já para a atividade de transporte de passageiros, a taxa de aumento é de 5,4% ao ano, destaca o PDE 2031, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Projeções sobre a demanda de energia do setor de transporte
Estima-se um aumento médio de 2,5% a.a. para a demanda total de energia do setor de transportes entre 2021 e 2031, com destaque para o crescimento da demanda de óleo diesel, do etanol hidratado e do querosene de aviação (QAV).
Crescimento da demanda de óleo diesel
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a demanda de eletricidade, por sua vez, apesar da taxa de crescimento elevada, não constitui demanda expressiva, apresentando uma participação de 0,3% em 2031, através do PDE 2031.
Sobre o transporte rodoviário de cargas
Apesar da crescente participação do modo ferroviário, o transporte rodoviário de cargas mantém sua elevada representatividade na demanda energética total deste setor. Conforme estudos e projeções do Ministério de Minas e Energia (MME), em 2031, o óleo diesel para o abastecimento de caminhões responderá por 34% da demanda total do setor de transportes.
Eficiência sistêmica
Destaca-se que o setor de transportes tem potenciais ganhos de eficiência sistêmica, por meio da migração do uso de transportes individuais para transportes coletivos, ou da substituição da movimentação de carga pelo modo rodoviário para os modos ferroviário e aquaviário.
Dados oficiais sobre os motores do ciclo Otto
A participação da demanda para motores do ciclo Otto passa de 45% em 2021 para 41% da demanda energética total do setor de transportes em 2031.
Ressalta-se a perda significativa da importância da gasolina C na demanda total, reduzindo sua participação de 34% para 25% no horizonte decenal, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME).
Combustíveis: premissas dos estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2031
Desde a implementação da Fase P-7 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), em 2012, os motores de veículos pesados novos produzidos e licenciados no Brasil são adequados ao consumo de óleo diesel de baixo teor de enxofre, destaca o Ministério de Minas e Energia (MME).
Logo, o sucateamento da frota e a prejudicialidade do S500 à nova motorização impelem a demanda brasileira a uma transição gradual para o óleo diesel S10 nos próximos anos.
Limite de teor de enxofre e a extração mineral
No caso do óleo diesel B off-road, para uso ferroviário, extração mineral a céu aberto ou em geração elétrica, o limite atual de teor de enxofre é de 1800 ppm (S1800), de acordo com informações oficiais do PDE 2031.