Produção industrial cresce em 67% dos estados pesquisados, diz IBGE

Produção industrial cresce em 67% dos estados pesquisados, diz IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou uma pesquisa a respeito da produção industrial no país. Dez dos quinze locais pesquisados (67%) registraram um aumento na produção, na passagem de novembro para dezembro, na série com ajuste sazonal da PIM-Regional, divulgada na manhã desta quarta-feira (9).

Segundo dados levantados pela pesquisa, as altas na produção industrial mais expressivas ocorreram no Amazonas (14%), em Goiás (8,8%) e Paraná (7,6%), com todos revertendo as perdas observadas no mês anterior. Mato Grosso (4,6%) e Espírito Santo (4,6%) também tiveram avanços agudos.

O maior parque industrial do Brasil, o estado de São Paulo, apresentou uma alta de 3,8% em dezembro contra novembro e queda de 5,6% em relação a dezembro de 2020.  Se considerado o acumulado de 2021, o Estado  acumulou um incremento de 5,2% em sua produção.

Os 5 locais que apresentaram um recuo foram,  Santa Catarina (-2,7%), Rio Grande do Sul (-2,1%), Pará (-1,7%) e Ceará (-1,0%). Pernambuco mostrou estabilidade. Já em dezembro de 2021, contra igual mês do ano anterior, o IBGE informou que a produção industrial recuou em dez dos 15 locais pesquisados.

Produção industrial e setores

Apesar das altas registradas, alguns setores, como o de produtos de borracha e de material plástico, registraram queda de -4,8%, já o de metalurgia (-3,0%), além de perder toda a alta acumulada, caíram significativamente puxando a produção industrial para baixo em alguns locais.

Além disso, outros setores também geraram resultado negativo como: metal (-2,7%), de bebidas (-2,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-4,5%) e de produtos diversos (-4,5%).

Já os resultados positivos mereceram destaque produtos alimentícios (6,8%), indústrias extrativas (5%) e a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias cresceu 2,9%. No geral, houve queda em apenas 12 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE.

Um dos principais problemas estaria no encarecimento da produção e na falta de insumos. “Analisando mês a mês, observamos que, das 11 informações de 2021, nove foram negativas. Ou seja, o setor industrial ainda sente muitas dificuldades,” afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo.

“A indústria sofre com os juros em alta e a demanda em baixa, impactada pela inflação elevada e a precarização das condições de emprego, já que com o rendimento mais baixo, o trabalhador consome menos”, completou.

Período pré-pandemia

E quem acredita que a suposta alta em 12 meses é algo totalmente positivo, parece que não é bem por aí. “Apesar de acumular, nos 11 meses de 2021, um avanço de 4,7% frente ao mesmo período do ano anterior, a indústria continua a se afastar cada vez mais do patamar pré-pandemia”, revelou o IBGE.

A produção industrial encontra-se ainda 4,3% abaixo. O valor pode parecer pequeno, mas deve-se lembrar que estamos falando de algo em grande escala. Outro dado que chama atenção é o fato da indústria ainda estar 20,4% do melhor resultado que foi em 2011, mais de 10 anos atrás.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?