Uma única unidade do iPhone original, lançado pela empresa da maçã há dezesseis anos atrás, foi vendida no domingo passado (16). Com a embalagem completamente selada, a venda se deu por uma quantia de US$ 190 mil (aproximadamente R$ 919 mil em uma conversão direta) em um leilão ocorrido.
O valor final do arremate é 380 vezes maior do que o preço de lançamento inicial do celular, que foi de US$ 499 (cerca de R$ 2,9 mil na cotação atual). O leilão do iPhone, conduzido pela casa de leilões LCG Auctions, teve início no dia 30 de junho com um lance inicial de US$ 10 mil (R$ 48,3 mil).
Após 28 lances, o valor final ultrapassou as expectativas dos leiloeiros, que esperavam que o produto fosse arrematado por valores em torno de US$ 100 mil (R$ 483 mil). O modelo leiloado conta com um espaço de armazenamento de 4 GB.
Primeiro modelo do iPhone tinha pouca memória se comparado com os modelos atuais
O primeiro modelo do iPhone foi comercializado em versões com 4 GB e 8 GB de armazenamento. No entanto, de acordo com o site MacRumors, o modelo com menor capacidade não obteve tanto sucesso quanto a versão com maior capacidade. Assim, foi descontinuado pouco tempo depois pela fabricante para dar lugar a uma edição com capacidade de 16 GB.
Isso pode justificar o alto valor alcançado no leilão, uma vez que o modelo com 4 GB teve uma quantidade “limitada” de unidades produzidas. Com isso, é mais raro de se encontrar no mercado.
De acordo com o documento oficial emitido pela casa de leilões, o smartphone pertencia a um dos engenheiros que participaram do processo de desenvolvimento do celular. Contudo, a identidade do profissional não foi revelada.
Com o primeiro iPhone se tornando cada vez mais raro, os lances finais para adquirir o celular estão gradativamente aumentando de preço. Em agosto do ano passado, o smartphone foi arrematado por US$ 35,4 mil.
Qual o motivo dos vilões não usarem dispositivos da Apple?
Se você é fã de séries e filmes de ação com confrontos intensos entre heróis e vilões, certamente já percebeu que os antagonistas nunca utilizam produtos da Apple em cena. Nas telas, eles não fazem chamadas em um iPhone (iOS), não seguram um iPad e nem planejam seus planos maléficos em um MacBook. E isso tem uma explicação lógica: é uma estratégia de marketing adotada pela Apple.
No ano de 2023, os admiradores dos produtos da Apple que estavam ansiosos pelo desfecho da série Succession, da HBO, notaram um detalhe no trailer da última temporada. Isso foi interpretado por alguns como um “spoiler”.
Tom, genro de Logan Roy, ao contrário dos filhos do patriarca, utilizava um celular com sistema Android, enquanto Kendall, Roman e Shiv utilizavam iPhones (iOS). Mas, qual a relação disso com a estratégia de marca da empresa? Vamos entender como funciona a publicidade indireta da Apple e conhecer algumas curiosidades sobre o uso de iPhones em produções cinematográficas.
Não é difícil perceber a famosa logo da maçã nos dispositivos eletrônicos usados pelos personagens em filmes e séries. No entanto, poucas pessoas sabem que a Apple raramente paga para ter essa exposição nas produções.
Segundo informações divulgadas na rede, a gigante da tecnologia não realiza pagamentos pela publicidade indireta. Inclusive, é comum que ela forneça seus produtos sem custo algum, embora existam certas condições. Uma delas é que os dispositivos da Apple, como iPhone, iPad, MacBook ou iMac, por exemplo, não podem ser utilizados pelos vilões nas produções.
Diretor de cinema revelou a estratégia de publicidade com iPhone e outros dispositivos da “maçãzinha”
Essa informação veio à tona quando o diretor de cinema Rian Johnson comentou sobre o uso de iPhones em uma entrevista para a revista Vanity Fair. Ele falava sobre seu novo filme na época, “Knives Out” (ou “Entre Facas e Segredos”, na versão brasileira). “A Apple permite que você use iPhones em filmes, mas – e isso é muito importante – se você está assistindo a um filme de mistério, os vilões não podem usar iPhones em frente às câmeras”, afirmou o cineasta.
A Apple proíbe que os vilões usem iPhones no cinema porque não deseja que seus produtos sejam associados a características negativas. Portanto, somente os heróis têm permissão para segurar um iPhone nas telas, enquanto os “bad boys” devem se contentar com outras marcas.
Além de Tom, de “Succession”, e Ransom, de “Entre Facas e Segredos”, outros vilões conhecidos das telonas também estão proibidos de possuir um iPhone (iOS). Um exemplo é Lúcifer, personagem da série da Netflix, que utiliza um smartphone Huawei Honor 5X em vez de um smartphone com o logo da maçã.
Adicionalmente, a Apple exige que seus dispositivos sejam exibidos na tela somente quando a iluminação for favorável. Ela também estabelece que eles sejam utilizados de forma natural durante as cenas, evitando a criação de uma atmosfera publicitária dentro da produção.
Dessa forma, podemos perceber que a Apple adota uma estratégia cuidadosa para promover seus produtos no cinema e na televisão. Dessa forma, garante que sua marca esteja associada a aspectos positivos e evitando qualquer associação negativa.