Em grande consequência pelo aumento do preço dos alimentos, o último reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e que define a previsão de inflação no país, prevê que o resultado de março será de um aumento de 0,95%. Enquanto que, de acordo com o IBGE no mês de janeiro, a taxa havia sido ainda maior e fechado em 0,99%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu os 10,79%, ficando acima dos 10,76% que foram registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Neste momento, já são sete meses seguidos em que o índice inflacionário fica acima dos dois dígitos, o que acaba freando o crescimento da economia brasileira na maior parte dos setores.
Com o resultado que ficou acima das expectativas do Banco Central do Brasil e de uma pesquisa onde economistas apontaram a Agência Reuters que o IPCA de março fecharia em 0,87% neste mês. Em primeiro lugar, o IPCA-E se constitui da prévia da inflação acumulada do último trimestre.
Se métrica persistir, inflação de 2022 poderá ficar novamente acima dos dois dígitos
Somente no acumulado dos três primeiros meses do ano, o acumulado da inflação fechou em 2,54%, ficando inclusive acima dos três primeiros meses de 2021, onde o resultado do IPCA havia sido de 2,21%. Durante a passagem de fevereiro até março, aconteceu uma alta em todos os 9 grupos de produtos.
O maior destaque ficou para a alta de alimentos e bebidas que apresentou um aumento no preço dos produtos de 1,95%, sendo responsável por até 0,40 ponto porcentual do aumento do IPCA-15 do mês de março. Seguido do aumento de alimentos e bebidas, os artigos de residência com uma elevação de 1,47% seguem a lista.
Os preços da cenoura em todo o país seguem assustando os consumidores brasileiros, ainda mais quando se tem os dados de que este alimento já cresceu 45,65% ao longo do mês. Similarmente as principais pressões de preços de alta entre os alimentos, após a cenoura, o maior aumento ficou para o tomate, fechando a prévia com 15,46%.
Reajuste dos combustíveis também deve ser uma preocupação ao longo de todo o ano
Já na parte de transportes, os preços da gasolina voltaram a subir 0,83% no último mês, marcando o maior peso no IPCA-15. Também ocorreram altas nos preços do óleo diesel (4,10%) e do gás veícular (5,89%), com apenas a positiva exceção do etanol, que apresentou uma queda de 4,70% ao longo do último mês e foi muito procurada desde então.
De acordo com a Petrobras, a alta dos preços dos combustíveis é um reflexo do reajuste de até 24,9% anunciado pela empresa e que entrou em vigor no dia 11 de março. Para incluir este item no cálculo da inflação mensal ou ICPA-15, os preços foram coletados desde o dia 12 de fevereiro e com fechamento de dados que ocorreu em 16 de março.