Preposição: função, tipos e exemplos

Os estudos gramaticais sobre a função das palavras da Língua Portuguesa nos enunciados agrupam os vocábulos de acordo com o papel que as palavras desempenham na cena comunicativa. 

Desse modo, as vocábulos do português estão divididos em dez classes de palavras ou classes gramaticais. São elas substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

Para fazer um bom uso de cada uma dessas classes, principalmente em textos escritos mais formais, como provas de redação, por exemplo, é fundamental conhecer o objetivo e a função de cada uma dessas classes. Além disso, o falantes deve buscar também se familiarizar com os contextos de uso. 

Pensando nisso, neste texto, apresentaremos as preposições, explicando sua função nas frases e orações, seus tipos e apresentando alguns exemplos.

O que é preposição?

A preposição é uma classe de palavras do tipo invariável que tem como função principal conectar dois elementos de uma frase, estabelecendo uma relação entre eles. Nesse sentido, as preposições estabelecem relações no espaço ou no tempo, ou ainda relacionam um objeto ou ação com um lugar ou outra pessoa.

Além de estabelecer relações entre diferentes partes da frase, as preposições também podem ser usadas para dar significado a nomes, verbos e outras palavras. Veja os exemplos abaixo:

• Maria gosta de comer bolo de chocolate.
• O Flamengo jogou com o Corinthians no Maracanã. 
• Fui à praia ontem.
• Deixei a caneta sob a mesa.

Tipos de preposição

As preposições podem ser classificadas em dois tipos: essenciais e acidentais. Veja a seguir a diferença entre os dois tipos. 

As preposições essenciais são aquelas que atuam exclusivamente como preposições, ou seja, não exercem nenhuma outra função na língua. Nesse sentido, são exemplos de preposições essenciais:

• a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

Exemplos:

• Viajou até Barcelona para ver a filha.
• Suco de melancia. 

No primeiro enunciado, a preposição para tem a função de ligar as partes da oração, indicando a finalidade da viagem. Já a preposição de no segundo exemplo liga “suco” e “melancia”, estabelecendo a composição do suco.

As preposições acidentais, por outro lado, são as palavras não possuem originalmente a função de preposição, no entanto, acabam exercendo a função de uma preposição dependendo do contexto da frase.

São classificadas como preposições acidentais as seguintes: 

• afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto, entre outras.

Exemplos:

• Conforme o combinado, segue o comprovante de depósito
• Os noivos estavam felizes, segundo o fotógrafo. 

A palavra conforme na primeira oração é originalmente classificada como um adjetivo, mas, no contexto acima funciona como uma preposição. O mesmo acontece com a palavra segundo, que originalmente, é um numeral, mas está funcionando na oração como uma preposição.

Contração e combinação

No enunciado, as preposições podem se contrair ou combinar com outras palavras. Quando não há perda de elementos fonéticos, o processo é chamado de combinação. Já a contração se caracteriza pela perda de elementos fonéticos, ou seja, a contração se dá quando, na ligação, as palavras sofrem redução.

• Combinação: quando não sofrem nenhuma redução.
  • Exemplos: a+o = ao; a + os = aos; a + as = às
• Contração: quando, na ligação, sofrem redução.
  • Exemplos: em + a = na; de + isso = disso; para + o = pelo

Conhecer as preposições e seus usos ajuda o estudante a estabelecer as relações entre as orações de forma adequada, além de ajudar o estudante a identificar as partes do enunciado. 

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