A defasagem de preços da gasolina está atualmente em 17%, sendo ainda maior para o diesel que já chega a 21%. Mesmo com a divulgação do lucro recorde obtido pela Petrobras, que foi superior a 3.000% no primeiro trimestre do ano, o presidente da empresa, José Mauro Coelho anunciou que um novo reajuste do preço do combustível deverá ocorrer.
A justificativa está em “gerar riqueza para a sociedade”, evitando a possibilidade de desabastecimento de combustível no Brasil. Para uma parte dos especialistas, é alta a chance de haver um novo reajuste no preço dos combustíveis, pois a Petrobras já está desde 11 de março sem realizá-lo.
Se entende dentro da estatal, que já existe uma grande defasagem em relação aos valores cobrados do mercado internacional. Nesta sexta-feira, a defasagem média do diesel já estaria em 21% e da gasolina de 17% ao litro. Um relatório publicado pelo Modal ressaltou que existe um risco de novos reajustes por conta do aumento da defasagem de preços.
Também nesta última sexta-feira, um levantamento da Agência Nacional do Petróleo mostrou que o preço da gasolina subiu ao longo das últimas quatro semanas. Dessa forma, o valor médio do litro passou para R$ 7,283 da última semana para os R$ 7,295 nesta semana, o que marcou um novo patamar recorde com esta alta de 0,16%.
O avanço total no preço das bombas chega a 9,37%. O preço mais alto foi registrado na cidade de Tubarão, Santa Catarina, que já chega a R$ 8,999. Nesta semana, durante a apresentação dos resultados financeiros da Petrobras, o presidente da empresa, José Mauro Coelho, disse que a empresa não pode desviar o rumo dos preços praticados no mercado.
De acordo com a política de preços adotada, a Petrobras trata de transferir o valor cobrado na refinaria com as flutuações que ocorrem no preço do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional. O repasse ao consumidor ainda depende de outras variáveis, como a margem de distribuição e impostos.
O Brasil é importador de vários derivados, como o diesel, gás de botijão, gasolina e querosene de aviação. Antes da divulgação do resultado, na última quinta-feira, Jair Bolsonaro criticou o lucro obtido pela Petrobras, que afirmou que em um curto período de tempo esse lucro estratosférico poderia levar o país a uma catástrofe.
Mesmo com a pressão feita por Bolsonaro, Coelho lembrou que em determinados momentos e se for necessário, a Petrobras vai atuar para garantir o reajuste de preços do combustível.
Portanto, ao que tudo indica o Presidente Jair Bolsonaro demonstra uma preocupação em relação aos constantes aumentos no preço do combustível e que acaba sendo uma incômodo para boa parte dos líderes globais. De outro lado, os administradores do Petrobras atuam de acordo com a política de preços da companhia e otimizando sobretudo o lucro da empresa.