Preço da gasolina tem 2ª queda semanal seguida

Preço da gasolina tem 2ª queda semanal seguida

Os combustíveis voltaram a ceder nesta última semana, em comparação à semana anterior, este fator ocorre doze dias após a redução de 4,8% do preço da gasolina nas refinarias da Petrobras. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que informaram que o preço médio para o litro caiu 2,7%, chegando a R$ 5,25 o litro.

O preço da gasolina mais alto, encontrado pela ANP, foi de R$ 7,00 o litro, na cidade de Tefé (AM), enquanto o mais baixo foi de R$ 4,19, em Castro (PR). A gasolina não foi o único combustível que vem apresentando queda, o diesel também continua caindo no mercado interno.

Na última semana, o diesel teve 1,7% de queda, com preço médio de R$ 7,01 por litro. Já o valor mais alto encontrado foi de R$ 8,98, em Barra Mansa (RJ), e o mais baixo, a R$ 5,99 o litro, em Florianópolis (SC).

Paridade do preço da gasolina

Quando analisado o preço da gasolina com o mercado internacional, o combustível está 7% mais caro no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). A gasolina pode ainda sofrer uma redução de R$ 0,22 por litro.

Já o diesel, está com o preço interno 5% abaixo do praticado no Golfo do Médico, valor utilizado como parâmetro pelos importadores. O combustível pode sofrer uma alta de R$ 0,25 por litro para atingir a paridade com os preços internacionais.

A diferença de preços para o diesel no mercado externo é ainda mais alta no Porto de Aratu (BA), onde o combustível está sendo vendido com preço 10% menor que no Golfo. Para a gasolina, o porto de Suape (PE), que registra a maior discrepância em relação ao mercado internacional. Na cidade o preço está 10% acima do praticado no Golfo, indicando uma janela favorável para importação.

Demanda da gasolina no país

Com relação à demanda por combustíveis, a gasolina C e o etanol hidratado devem crescer gradualmente por um curto prazo, até o fim do ano. Este fator ocorre em função das isenções fiscais e das reduções dos preços, conforme informa o relatório Latin American Oil Market Forecast, da S&P Global Commodity Insights.

Contudo, mesmo com a recuperação já registrada, a demanda pelos combustíveis do conhecido como Ciclo Otto ainda não atingiu os níveis pré-pandêmicos, informa o levantamento.

A demanda demonstrou uma redução de 35 mil barris no consumo de gasolina por dia, entre janeiro e junho em comparação com o mesmo período em 2019. Este cenário se mantém mesmo após um ganho de 30 mil barris na comparação com 2021.

O relatório projeta ainda uma alta de 20 mil barris por dia na demanda por gasolina/etanol hidratado no terceiro trimestre. Este valor está considerando o mesmo período do ano passado, mas ainda se mantém 5 mil barris abaixo do mesmo período de 2019.

O gerente de análise de preços de petróleo e perspectivas regionais da S&P Global Commodity Insights, Lenny Rodriguez, ressalta que o preço da gasolina e do etanol só recuaram devido à recente redução no valor do petróleo ante as máximas. Além das atuais medidas tributárias.

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