Preço da cesta básica sobe em 17 capitais

Preço da cesta básica sobe em 17 capitais

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, o custo da cesta básica aumentou em abril. Este aumento foi expressivo em todas as 17 capitais onde foi realizada a pesquisa.

De março para abril, as altas mais expressivas na cesta básica, ocorreram em 7 cidades. Dentre essa, temos: Campo Grande (6,42%); Porto Alegre (6,34%); Florianópolis (5,71%); São Paulo (5,62%); Curitiba (5,37%); Brasília (5,24%) e Aracaju (5,04%). Já menor variação, essa foi observada em João Pessoa, com aumento de 1,03%.

Detalhes da pesquisa nacional da Cesta Básica.

A pesquisa informou que São Paulo foi a capital onde a cesta básica teve o maior custo (R$ 803,99), seguida por Florianópolis (R$ 788), Porto Alegre (R$ 780,86) e Rio de Janeiro (R$ 768,42). Já dentre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 551,47) e João Pessoa (R$ 573,70).

Em outro momento, quando comparamos com abril do ano passado, todas as capitais pesquisadas tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 17,07%, em João Pessoa, e 29,93%, em Campo Grande.

Segundo a pesquisa, os custos necessários para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.754,33, valor esse, que representa 5,57 vezes o salário mínimo atual, de R$ 1.212,00 reformulado em abril de 2022.

Em março, o valor necessário era de R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o piso mínimo. Já durante o mês de abril de 2021, o valor do mínimo necessário era de R$ 5.330,69, ou 4,85 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100.

Preço dos produtos.

De acordo com o levantamento, entre os produtos cujo preço aumentou em todas as capitais estão o óleo de soja com as variações oscilando entre 0,5%, em Vitória, e 11,34%, em Brasília; o pão francês, com as altas mais expressivas em Campo Grande (11,37%), Aracaju (9,7%) e Porto Alegre (7,07%).

A farinha de trigo, por sua vez, teve destaque nas capitais de Belo Horizonte (11,08%), Porto Alegre (10,07%) e Brasília (9,54%). O leite integral teve os maiores aumentos em Florianópolis (15,57%), Curitiba (14,15%), Porto Alegre (13,46%) e Aracaju (11,31%).

Em 15 capitais o feijão, um dos principais alimentos da culinária brasileira, teve aumento em seu preço, com as taxas do carioquinha em alta em todas as capitais onde foi pesquisado e com variação entre 3,86%, em João Pessoa, e 11,89%, em Belém.

A pesquisa de preço da cesta básica informou também que, o preço do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, diminuiu em Vitória (-2,68%) e Florianópolis (-2,2%) e subiu em Porto Alegre (2,51%), Curitiba (2,44%) e no Rio de Janeiro (0,57%).

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