A análise sintática desempenha um papel fundamental no estudo da língua portuguesa. É um ramo da gramática que se concentra na análise da estrutura das frases, buscando identificar as relações entre as palavras e as funções que desempenham no processo de comunicação.
A seguir, iremos abordar os principais aspectos da análise sintática, apresentando suas bases teóricas e fornecendo exemplos práticos para facilitar o entendimento.
A análise sintática se baseia em dois elementos essenciais: o sujeito e o predicado. O sujeito é o termo da oração que geralmente executa ou sofre a ação expressa pelo verbo. Por sua vez, o predicado é o termo que contém as informações sobre a ação realizada pelo sujeito. A partir dessa estrutura básica, torna-se possível identificar os demais termos que compõem a frase e sua relação com o sujeito e o predicado.
Conceitos e exemplos de análise sintática
Consideremos a seguinte frase como exemplo: “A menina comprou um sorvete na sorveteria.” Nessa frase, temos o sujeito, que é “A menina”, e o predicado, que é “comprou um sorvete na sorveteria”. O sujeito é o termo da oração que realiza ou sofre a ação expressa pelo verbo, ou seja, é a menina quem está realizando a ação de comprar o sorvete. Já o predicado contém as informações sobre essa ação realizada pelo sujeito.
No caso, o verbo é “comprar” e os complementos são “um sorvete” e “na sorveteria”. Esses complementos são essenciais para a compreensão da ação, pois indicam o objeto direto, que é o sorvete comprado, e a circunstância de lugar, que é a sorveteria onde a compra foi realizada.
Objeto direto e indireto
Além do sujeito e do predicado, a análise sintática também envolve outros termos importantes, como o objeto direto e o objeto indireto. O objeto direto é o termo que recebe a ação diretamente do verbo, sem a necessidade de preposição. Por exemplo, na frase “Maria encontrou um amigo”, o objeto direto é “um amigo”. Nesse caso, o verbo “encontrar” é realizado por Maria, e “um amigo” é o objeto direto, pois é quem recebe diretamente a ação de ser encontrado por Maria.
Já o objeto indireto é o termo que complementa a ação expressa pelo verbo, mas requer uma preposição. Na frase “Ana deu um presente para João”, o objeto indireto é “para João”. Nesse exemplo, o verbo “deu” é realizado por Ana, o objeto direto é “um presente”, e o objeto indireto é “para João”, que complementa a ação de dar, indicando a quem o presente foi destinado.
Outros elementos
Outros elementos fundamentais na análise sintática são os complementos verbais e os adjuntos adverbiais. Os complementos verbais fornecem informações adicionais sobre o verbo. Por exemplo, na frase “Carlos estuda matemática diariamente”, o termo “matemática” é o complemento verbal, pois fornece informações sobre o verbo “estuda”. Ele indica qual é o objeto de estudo de Carlos.
Os adjuntos adverbiais, por sua vez, expressam circunstâncias relacionadas à ação. Na mesma frase de exemplo, o termo “diariamente” é um adjunto adverbial, pois indica a frequência com que Carlos estuda matemática, ou seja, indica como ocorre a ação de estudar.
Além desses elementos, a análise sintática também abrange os termos acessórios, que desempenham funções secundárias na frase. Por exemplo, os adjuntos adnominais fornecem informações adicionais sobre os substantivos. Na frase “O livro, uma obra-prima da literatura, foi relançado”, o termo “uma obra-prima da literatura” é um adjunto adnominal, pois fornece informações sobre o substantivo “livro”. Ele especifica que o livro é uma obra-prima da literatura.
Outro exemplo de termo acessório é o aposto, que explica, especifica ou destaca algo sobre um termo da oração. Na frase “O livro, uma obra-prima da literatura, foi relançado”, o termo “uma obra-prima da literatura” é um aposto, pois especifica e destaca as características do livro mencionado anteriormente.
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