De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de desemprego no Brasil no trimestre encerrado em abril, ficou em 8,5%. Todavia, essa é a menor taxa para o período, desde o ano de 2015, quando ficou em 8,1%.
Analogamente, entre os meses de fevereiro e abril de 2022, a taxa de desemprego no país ficou em 10,5%, ou seja, houve uma queda de dois pontos percentuais no índice em 2023. Na comparação com o trimestre anterior, com 8,4%, entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, houve uma certa estabilidade.
Segundo Alessandra Brito, analista da Pnad Contínua do IBGE, “essa estabilidade é diferente do que costumamos ver para este período. O padrão sazonal do trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento da taxa de desocupação, por meio de uma maior população desocupada, o que não ocorreu desta vez“.
Vale ressaltar que a renda média do trabalhador brasileiro, de acordo com a pesquisa, também ficou estável na comparação com os dois últimos trimestres. De fato, ela ficou em R$2.891, sendo que na estimativa anual, houve um crescimento de 7,5%. Sobre a população desocupada, até abril eram 9,1 milhões de pessoas.
Essa população é aquela em que o cidadão não consegue um posto de trabalho formal, nem informal. Em relação ao trimestre anterior, houve um pequeno aumento, visto que até janeiro, eram 9 milhões de pessoas. Por outro lado, ao observar o mesmo trimestre de 2022, houve uma redução de 19,9%, 2,3 milhões a menos.
Pnad Contínua
A Pnad Contínua do IBGE apontou que no trimestre entre fevereiro e abril, o número de pessoas ocupadas ficou em 98 milhões. Na comparação com o trimestre anterior, houve uma queda de 0,6%, o que corresponde a 605 mil pessoas. Em relação ao mesmo período de 2022, houve uma alta de 1,5%, 1,5 milhão de pessoas.
Ademais, a Pnad Contínua do IBGE apresentou números consideráveis. Podemos destacar a taxa de desocupação em 8,5%, a população desocupada em 9,1 milhão de pessoas, a população ocupada em 98 milhões, a população fora da força de trabalho com 67,2 milhões, a população desalentada em 3,8 milhões.
Desse modo, a pesquisa apontou 36,8 milhões de empregados com carteira assinada, 12,7 milhões sem carteira assinada e 25,2 milhões de pessoas que trabalham por conta própria. Além disso, 5,7 milhões de trabalhadores domésticos, 38 milhões de trabalhadores informais e 38,9% da população na informalidade.
População ocupada
A Pnad Contínua demonstrou que a queda da população ocupada foi consequência de grupos relacionados a atividades de serviços domésticos que apresentou um recuo de 3,3%, 196 mil cidadãos. Os setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, tiveram uma queda de 2,4%, cerca de 204 mil pessoas.
Em síntese, o comércio, reparação de veículos e motocicletas, também apresentaram números negativos em relação a população ocupada no país. Durante o trimestre entre os meses de fevereiro e abril deste ano, houve uma redução de 1,4%, o que corresponde a cerca de 265 mil pessoas.
Sobre a população fora da força de trabalho, a Pnad Contínua apresentou um aumento de 1,3% em comparação com o trimestre anterior. Segundo o IBGE, a alta tem relação com questões demográficas e com reflexos do mercado de trabalho. Isso se deve ao fato de que houve uma redução no trimestre de desalentados.
A Pnad Contínua do IBGE é um dispositivo fundamental para o monitoramento da força de trabalho no Brasil. Neste levantamento trimestral, foram pesquisados cerca de 211 mil domicílios. Dessa forma, ao todo, dois mil pesquisadores trabalharam no levantamento, que abrangeu 26 estados da federação, mais o Distrito Federal.
Em conclusão, estes estados estão integrados a mais de 500 agências do IBGE. Durante a pandemia da covid-19, a Pnad Contínua passou a fazer o levantamento de informações pelo telefone. Em 2021 houve o retorno da pesquisa presencial. É um ótimo instrumento que o Governo Federal possui para poder observar como anda o mercado de trabalho.
A próxima pesquisa da Pnad Contínua será divulgada no final de junho de 2023. É possível conferir a identidade do entrevistador pelo site Respondendo ao IBGE, pela Central de Atendimento no número 0800 721 8181, ou ainda conferindo a sua matrícula RG ou CPF. São informações a que o informante tem direito.