IBGE publica dados recentes sobre DESEMPREGO no Brasil

Pesquisa indica aumento do desemprego

De acordo com informações recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, a taxa de desemprego aumentou em 16 unidades federativas durante o primeiro trimestre deste ano de 2023.

Nos outros 11 estados do Brasil, contudo, o índice permaneceu estável. Isto é, sem grandes flutuações expressivas em comparação ao mesmo período do ano passado. 

Atualmente, o país apresenta uma taxa média de desemprego de 8,8% neste primeiro trimestre do ano. No entanto, apesar do crescimento do índice, o número é o menor nos primeiros três meses do ano desde 2015. 

Assim, segundo os dados do IBGE, os níveis de desemprego aumentaram nas cinco grandes regiões do país. Os maiores números foram na região Nordeste do Brasil, onde a taxa apresentou o crescimento de 1,4%, alcançando 12,2%. 

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As informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad Contínua. Nesse sentido, o levantamento leva em consideração tanto o mercado formal quanto o informal. Isso significa, portanto, aquelas ocupações que possuem carteira de trabalho assinada e aquelas que não.

Aumento de desemprego no início do ano é normal

Apesar do crescimento, o IBGE destacou que, historicamente, o início do ano apresenta um aumento da taxa de desemprego. Portanto, os números costumam ser maiores neste período, independente do contexto econômico ou político.

Nesse sentido, segundo a analista da pesquisa, Alessandra Brito, os números do levantamento mostram a continuidade do dado histórico. 

“Após um ano de 2022 de recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia, em 2023, parece que o movimento sazonal de aumento da desocupação no começo do ano está voltando ao padrão da série histórica”, pontuou Brito. 

Assim, vê-se que depois de um evento de crise sanitária e econômica, os dados retornam para um padrão mais comum.

No entanto, especialistas do setor econômico acreditam que a retomada do número de empregos formais tende a perder força ao longo deste ano. A estimativa tem relação com o atual cenário de desaceleração econômica em razão da forte alta da taxa de juros no país.

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Desse modo, a criação de mais empregos poderá se dar com iniciativas acerca da taxa de juros, que impacta todos os brasileiros.

Nordeste tem maior taxa de desemprego

Segundo a pesquisa do IBGE, a região Nordeste do país apresentou a maior taxa de desemprego entre as demais regiões.

Assim, esta chegou à marca de 12,2%, enquanto a região Sul apresentou o menor índice, chegando ao índice de 5%.

As demais regiões do país apresentaram a seguinte porcentagem: 

  • Centro-Oeste tem 7% de desemprego; 
  • Sudeste tem 8,6% de desemprego; 
  • Norte tem 9,1%.

Além disso, dos 10 estados do país com os maiores níveis de desemprego, 7 estão na região Nordeste.

O destaque vai para os seguintes estados, que possuem as maiores taxas:

  • Bahia, com um total de 14,4%;
  • Pernambuco, com 14,1% de desemprego.

Já os menores números foram nos estados de:

  • Rondônia, com apenas 3,2% de desemprego;
  • Santa Catarina, com 3,8%;
  • Mato Grosso, com 4,5%.

Para a analista do IBGE, a diferença entre os estados pode ter relação aos níveis de informalidade.

“Bahia e Pernambuco, bem como a região Nordeste como um todo, têm um peso maior de trabalho informal, o que torna a inserção no mercado de trabalho mais volátil, podendo gerar pressão de procura por trabalho”, destaca Brito.

Nesse sentido, todos os estados que fazem parte das regiões Norte e do Nordeste do Brasil mostraram taxas de informalidade superiores à média nacional de 39%, de acordo com o IBGE.

Os maiores números foram nos estados a seguir:

  • Pará, com 59,6% de informalidade;
  • Amazonas, com 57,2%;
  • Maranhão, com 56,5%.

Em contraponto, as menores taxas de informalidade do país foram em:

  • Santa Catarina, com 26,1%;
  • Distrito Federal, 30,3%;
  • São Paulo, com 30,6%.

Considera-se informal aqueles empregos sem carteira de trabalho assinada ou que seja por conta própria sem CNPJ.

Brasil teve a criação de 195.171 empregos

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), foram criados 195.171 empregos com carteira assinada no Brasil durante o mês de março deste ano.

Segundo a pesquisa, então, o número total de vínculos empregatícios formais criados apresentou uma retração de 20,6%. Isto é, quando em comparação com as taxas do mês de fevereiro de 2023, que teve a marca de 245.813 vagas.

Contudo, o número obteve um crescimento de 97,6% em comparação com o mesmo período durante o ano passado. Neste momento foram criados 98.786 novos empregos.

O número do mês de março de 2023 é o resultado de 2.168.418 contratações e de 1.973.247 demissões feitas durante o período. Nos três primeiros meses do ano, foram criados, ao todo, 526 mil novas oportunidades formais de trabalho.

Nesse sentido, a quantidade de novas vagas foi uma surpresa para grande parte dos investidores do país. Um levantamento da Broadcast estimava um saldo positivo de 96 mil novos empregos. No entanto, o número acabou ficando acima da expectativa.

De acordo com os dados do levantamento, o país possui quase 43 milhões de trabalhadores com carteira assinada. A marca representa um aumento de 0,46% em relação ao mês de fevereiro deste ano.

Contudo, apesar do crescimento do número de empregos criados, a remuneração média paga aos trabalhadores apresentou uma retração. Chegou, então, a R$ 1.960,72, quantia R$ 30,06 menor do que o salário médio de fevereiro, o que representa uma diminuição de 1,51%.

O que é o Caged?

Os dados publicados por meio Novo Caged trazem somente as oportunidades formais de trabalho, ou seja, aquelas que possuem carteira assinada.

Como as empresas podem atualizar as informações das contratações e desligamentos de forma retroativa, os dados podem apresentar algumas variações com o passar de cada mês.

Desse modo, o levantamento não capta os dados do mercado de trabalho informal, como ocorre na Pnad Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Desde o mês de janeiro de 2020, a utilização do Sistema do Caged foi substituída pelo eSocial. Atualmente, todas as empresas e empregadores devem realizar o detalhamento de todas as movimentações de trabalhadores formais por meio do uso do eSocial.

Com a alteração, a metodologia do Novo Caged passou a ser formada por dados inseridos nos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web. 

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Portanto, a depender do parâmetro, os dados acerca do desemprego poderão ser diferentes.

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