Pix: segurança atual do sistema e evoluções

O sistema PIX lançado em novembro do ano de 2020, mostrou-se muito útil para a população brasileira. Isso pode ser facilmente comprovado pelo aumento gradativo no volume de transferências feitas por meio do sistema.

De acordo com dados do Banco Central, até janeiro deste ano, o PIX atingiu um número de mais de 159,4 milhões de chaves cadastradas. O número de transações consegue ser ainda maior, com um total de 378,2 milhões, resultando em uma movimentação de R$ 311,1 bilhões.

Atualmente, vemos uma crescente no número de transações realizadas através do PIX com tendência de aumentar cada vez mais. Entretanto, um fator que tem preocupado os bancos e empresas de tecnologia financeira é a questão da segurança. Segundo a cartilha do Banco Central, a segurança é baseada nas medidas adotadas pelas instituições financeiras, como a criptografia e autenticação, por exemplo.

Hoje, a segurança das transferências via PIX é composta por camadas que atuam na relação das contas correntes com as chaves do sistema. Durante a validação de dados, os certificados digitais dos bancos são analisados e um mecanismo anti-fraude é ativado. Então, o sistema que conta com uma lista digital de fraudadores procura identificar possíveis tentativas.

Principais desafios que a segurança no PIX enfrenta

O grande problema para resolver, é a rapidez com que a transferência ocorre via PIX. Todo o processo tem duração em média de 10 segundos. Contudo a etapa crítica da transação dura cerca de 3,5 segundos. Com isso, o processo do módulo anti-fraude deveria funcionar na escala dos milissegundos para assim conseguir evitar possíveis fraudes.As principais ameaças de fraudes ao sistema são:

  • Roubo da identidade digital do usuário, do banco, ou mesmo do certificado digital;

  • Roubo da chave PIX do correntista;

  • Em casos que a chave é o número de celular, a clonagem deste também é um problema;

  • Pedidos de transferências através do sequestro da conta do Whatsapp;

  • Captura dos dados da conta e chaves PIX, por meio de engenharia social;

  • Sites ou aplicativos falsos que roubam seus dados de cadastro do PIX;

  • Venda ilegal de dados pessoais alheios;

  • Uso de QR Codes fakes.

Vale ressaltar, que o setor financeiro é o mais cobiçado pelos hackers e as tentativas de fraudes estão espalhadas pelo mundo. De acordo com dados do Relatório de Crimes Financeiros, divulgado pela Feedzai, o número de crimes financeiros digitais aumentou em 650% no globo. Ao mesmo tempo, as fraudes em online bankings cresceram 250%.

Como as empresas junto aos bancos pretendem solucionar esse problema

Segundo dados do IDC, até 2025, 41,6 bilhões de dispositivos estarão disponíveis para realizar pagamentos e transferências instantâneos no mundo todo. Pontando, é essencial que as empresas de tecnologia e instituições financeiras encontrem formas de lidar com as fraudes para garantir a segurança dos dados da população.

Sobretudo, a Inteligência Artificial (IA) e o sistema computacional em nuvem podem resolver parte destes problemas. Aliados, esses dois recursos têm potencial para analisar padrões e anomalias durante o processo de validação das transferências via PIX, em alguns milissegundos.

Isso é sustentado pelas tecnologias de biometria de reconhecimento facial que estão sendo desenvolvidas e no futuro podem funcionar para o PIX. Nesse meio tempo, o Banco Central anunciou parceria com a Brasil Quantum e visa através da computação quântica melhorar a segurança dos QR Codes.

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