O Banco Central anunciou nesta terça-feira (8) que está trabalhando na criação de uma nova ferramenta de estorno no PIX. O novo sistema está previsto para entrar em funcionamento no dia 16 de novembro. Ele como objetivo principal padronizar as regras e procedimentos de devoluções para casos de fraude ou falha operacional.
Essa nova ferramenta do PIX permite que o processo de devolução seja aberto pelo próprio prestador de serviço de pagamento do usuário, seja por iniciativa própria ou solicitação. Dessa forma tornando o processo todo mais rápido e simples, aumentando as chances dos usuários receberem os valores de volta em caso de fraude ou falha no sistema.
O sistema já foi aprovado pelo Banco Central, porém a previsão para início de funcionamento é apenas para 16 de novembro, data em que o PIX comemora 1 ano de existência. Ainda há previsão de que novas funções sejam adicionadas no futuro, como, por exemplo, sistemas de troco, saque e pagamento agendado pelo PIX Cobrança.
Devolução pelo PIX
Desde o seu lançamento em novembro de 2020, o PIX conta com um sistema de devolução. Ele permite que o recebedor estorne total ou parcialmente os valores recebidos de uma transação.
No entanto, pelas normas atuais em caso de fraude ou falha operacional, as instituições envolvidas na transação devem estabelecer processos operacionais bilaterais. De maneira a tornarem o processo da análise até o fechamento do caso muito mais difícil e demorado.
Esse novo modo de devolução que vem sendo chamado de Mecanismo Especial de Devolução do PIX, vem com o intuito de tornar esse processo mais rápido e sucinto. Essa nova ferramenta trará segurança para os usuários que terão maior certeza do estorno de seu dinheiro em caso de fraude.
Com esse novo método o próprio prestador de serviços de pagamento poderá abrir o processo de solicitação de estorno, dispensando toda a burocracia atual. Lembrando que as instituições que forem efetuar o estorno por meio da nova ferramenta deverão notificar devidamente o usuário quanto a realização do procedimento. Além disso, toda a movimentação constará no extrato.
Fraudes e golpes para se atentar
O PIX por ser um sistema relativamente novo, apresenta ainda muitos problemas. Um dos que mais dão dor de cabeça aos usuários são os golpes e as fraudes. Então traremos alguns exemplos de tais problemas para que os consumidores fiquem atentos e não caiam na lábia de criminosos. Dentre os golpes mais utilizados está a clonagem de WhatsApp.
Esse golpe consiste basicamente no envio de uma mensagem pelo criminoso se passando por alguma empresa onde o usuário tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança que foi enviado por SMS, e dizem se tratar de uma atualização ou manutenção do cadastro. Uma vez com os códigos em mãos os criminosos conseguem replicar o WhatsApp em outro celular e se passando pelo dono do número pedem transferências via PIX para os contatos.
O da engenharia social com WhatsApp é bastante comum. Nesse outro golpe utilizando o WhatsApp, os criminosos pegam fotos e dados pessoais da vítima em suas redes sociais. Utilizando outro número de celular mandam mensagens para familiares e amigos dela dizendo que mudou de número por algum motivo, como assalto, por exemplo. Feito isso começam os pedidos de transferência via PIX dizendo se tratar de uma emergência.
Outra ação criminosa praticada no PIX são os falsos funcionários de banco. O fraudador se passa por um funcionário de um banco, e oferece ajuda para que a vítima cadastre a chave PIX, ou solicita que o usuário faça um teste realizando uma transferência para regularizar seu cadastro. É importante salientar que os dados pessoais do cliente nunca são solicitados efetivamente pelas instituições bancárias.
Esses foram apenas alguns exemplos de golpes possíveis, por isso os clientes devem sempre ficar atentos a qualquer mensagem suspeita. Principalmente se houver qualquer solicitação de transferência via PIX. Mesmo que o número for conhecido é sempre bom se certificar de que você não está caindo em algum dos golpes citados acima.