De acordo com o Banco Central do Brasil, o número de transações de pagamentos cresceu 40% em 2021 em comparação com o ano anterior, a alta tem relação com o PIX, sistema de pagamentos instantâneos. Vale informar que a quantidade não inclui pagamentos em espécie.
Os dados divulgados pelo BC fazem parte da publicação “Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil”. Em volume financeiro, o avanço foi de 27%, alcançando o montante de R$ 76,9 trilhões.
“O crescimento da quantidade total de transações (excluídas aquelas em espécie) observado em 2021, em comparação ao ano anterior, se deu, principalmente, pela adoção acelerada do uso do Pix pela sociedade, como nova alternativa para efetuar seus pagamentos”, disse o Banco Central, em nota. “E, também, pela expansão do mercado de cartões, que manteve crescimento nas modalidades de crédito (34%), débito (18%), e pré-pago (213%)”, completou a autarquia.
Pagamentos via PIX ultrapassaram as operações com cartão
Os dados divulgados pelo Banco Central também indicam que o número de operações no PIX ultrapassaram aquelas feitas por meio dos cartões de crédito e débito no quarto trimestre de 2021. No segundo trimestre de 2021, o número de transações via PIX chegou a 5,469 bilhões.
De acordo com a publicação “Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil” do Banco Central, as transações com cartões permaneceram estáveis até o final de junho. No ano de 2020 as operações com cartões representavam 53% dos pagamentos, no entanto, em 2021 o número caiu para 51%.
Para o Banco Central, no período analisado houve um crescimento significativo dos cartões pré-pagos no mercado. “Ressalta-se que o cartão pré-pago é um relevante indutor de inclusão financeira que, junto com outros instrumentos de pagamento, vem promovendo acesso à digitalização de pagamentos e a transações de comércio eletrônico. É ofertado, principalmente, por instituições de pagamento (fintechs)”, disse a autarquia.
Sobre o sistema de pagamentos instantâneos
O PIX, sistema de pagamentos instantâneos criado e gerido pelo Banco Central, permite que os usuários façam transações e pagamentos sem a cobrança de taxas. Além do sistema ser gratuito, algumas outras vantagens conquistam novos usuários todos os dias. No PIX, as transferências caem na conta do recebedor em poucos segundos, o que torna o meio de pagamento mais atrativo do que o TED ou DOC.
Os usuários também não precisam saber todos os dados do recebedor para fazer um pagamento. Isso significa que para fazer uma transação, basta ter acesso a chave PIX do recebedor ou o QR Code. O PIX pode ser utilizado 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive aos finais de semana e feriados.
É importante mencionar que para receber um valor via PIX, os cidadãos precisam criar uma chave. Segundo o Banco Central, pessoas físicas (PF) podem registrar até cinco chaves, enquanto as pessoas jurídicas podem registrar até vinte chaves PIX.
Os indivíduos que desejarem aderir ao sistema de pagamentos devem cadastrar uma chave PIX diretamente no aplicativo ou Internet Banking da instituição bancária desejada. Atualmente, a chave PIX pode ser o CPF, e-mail, telefone celular ou uma chave aleatória.