O PIX é o sistema de pagamentos e transferências instantâneas desenvolvido pelo Banco Central (BC) em novembro de 2020. Sendo assim, em março deste ano, quatro meses após seu lançamento, o sistema já representava 30% do total de transações feitas por pessoas físicas e jurídicas, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O recorte da pesquisa feita pela Febraban, em parceria com a consultoria americana Deloitte, considera o período entre novembro e março. Deste modo, em novembro, mês em que o PIX foi criado pelo Banco Central, o meio de pagamentos e transferências representava 7% do total de transferências no país.
Ademais, também em março, o PIX ultrapassou o total de transações bancárias feitas por TED e DOC, que obtiveram uma queda de 14% em relação a novembro de 2020. Mesmo assim, as maquininhas de pontos de vendas ainda representam 51% do total de transações bancárias. Porém, o número também representa uma queda de 15%, em relação a novembro.
“O PIX se popularizou muito rápido entre os brasileiros e já representa uma fatia significativa das transações. Esperamos uma consolidação dessa tendência daqui para frente”, afirmou Rodrigo Mulinari, diretor setorial de TI da Febraban.
Números de crescimento do PIX
O estudo da Febraban ainda calculou a média de crescimento do PIX em números de usuários. Até maio, foram 253,5 milhões de novas chaves cadastradas e 93,6 milhões de novas pessoas físicas cadastradas, representando um aumento de 18% ao mês. Os dados consideram todo o sistema financeiro.
Em relação à taxa de crescimento de transações feitas, o aumento é ainda maior: 62% de crescimento médio mensal. Destes dados, pode-se ainda constatar que 88% das transações são efetuadas entre contas de instituições diferentes e 75% das transações são entre pessoas físicas.
Ademais, outros dados consolidados pela Federação Brasileira de Bancos dizem respeito ao perfil dos usuários. Duas em cada três transações via PIX são feitas por pessoas entre 20 a 39 anos, considerando os dados de todo o sistema financeiro. Dessa maneira, pode-se concluir que o público mais jovem é o que mais aderiu ao sistema até agora.
Agências perdem o espaço
O desempenho das agências bancárias vem piorando, desde o crescimento do sucesso do PIX como sistema de pagamentos e transferências. Porém, segundo a pesquisa, o decaimento já vem acontecendo a alguns anos. Segundo os dados, desde 2016, o papel das agências no total de transações bancárias vem caindo: de 9% em 2016 para 3% em 2020.
Por conta do crescimento dos bancos digitais, que não possuem agências físicas, pela primeira vez em 2020, o mobile representou 51% das transações feitas no país. Assim, o desempenho dos aplicativos demonstra o crescimento dos meios digitais nas movimentações de dinheiro, que vem aumentando com a popularidade do PIX.
Por fim, fica claro o quanto o PIX mudou a maneira como os brasileiros lidam com transferências e pagamentos. O sistema chegou para revolucionar, de maneira que até as mais tradicionais agências bancárias que há tempos já dominavam o setor, agora perdem espaço. Resta acompanhar para saber até onde a nova ferramenta consegue chegar