Foi anunciado nesta terça-feira (6) pela Petrobras, que haverá um reajuste de 7% no valor do gás natural vendido a distribuidoras. De acordo com a estatal, o novo valor deverá ser aplicado a partir do dia 1º de agosto de 2021.
“A variação decorre da aplicação das fórmulas negociadas nos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio. As atualizações dos preços dos contratos são trimestrais”, disse a Petrobras.
A empresa ainda acrescentou que “A referência para esses ajustes é a cotação dos meses de abril, maio e junho. Durante esse período, o petróleo teve alta de 13%, seguindo a tendência de alta das commodities globais; e o Real teve valorização de cerca de 4% em relação ao dólar, em consequência, o ajuste será de 7% em R$/m³”.
O último reajuste, feito em maio deste ano pela estatal, teve um aumento de 39% no preço do gás natural. Essa elevação no valor gerou reações negativas do mercado, da população e até mesmo do atual presidente da república, que afirmou que o percentual era inadmissível.
Ainda em nota, a Petrobras informou que o preço final do gás natural que chega ao consumidor não é determinado apenas pelo preço cobrado das distribuidoras pela estatal, mas também pelas margens dos postos de revenda e pelos impostos federais e estaduais.
Onde é utilizado o gás natural
O gás natural é uma fonte de energia menos poluente e mais econômica, podendo substituir o petróleo, a gasolina e o carvão. Atualmente o gás natural pode ser utilizado nas indústrias, em automóveis, comércios e até mesmo em residências.
Na indústria, o gás natural é utilizado como combustível, substituindo a função da lenha, carvão ou óleos. Desta forma, é uma alternativa menos poluente. O GN também serve como matéria-prima para gerar eletricidade em diversos setores industriais.
O gás natural também pode ser encontrado em motores de automóveis como carros, caminhões e ônibus. Além de ser menos poluente do que os demais combustíveis, ainda é 70% mais barato.
Essa fonte de energia também pode ser encontrada em casas e comércios, pois pode servir como fonte de aquecimento de água, bem como pode substituir o GLP (tradicional gás de cozinha, derivado do petróleo).
Inflação nos combustíveis durante o governo Bolsonaro
No início do mandato de Jair Bolsonaro (sem partido), o Ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu reduzir o valor do gás. Apesar disso, o preço só aumenta com o passar do tempo. Além da elevação do valor do GN, a Petrobras anunciou na última semana, o aumento nos preços da gasolina, do diesel e também do gás de cozinha (GLP).
Guedes havia afirmado que com a redução do papel da Petrobras no mercado de gás no país e com a aprovação de um novo marco regulatório nesse setor, haveria o que o ministro chamou de “choque de energia barata”. Apesar disso, esse novo aumento, agora no gás natural, é mais um fator de preocupação para o governo no âmbito da inflação dos combustíveis no Brasil.