Em comunicado divulgado neste domingo (08), a Petrobras afirmou o alinhamento aos preços internacionais deve continuar. Isso inclui também o preço dos combustíveis, como gasolina e diesel.
“Como prática adotada anteriormente e mantida desde 2019, a Petrobras segue a precificação de
combustíveis alinhada aos preços internacionais convertidos para reais pela taxa de câmbio real/dólar norteamericano”, diz o comunicado.
A estatal também argumentou “ser praticamente a única produtora de combustíveis de petróleo no Brasil, com
98% da capacidade de refino, enfrenta competição de importadores que têm participado com 20 a 30% do
mercado doméstico, dependendo do produto”, explica o texto divulgado no site oficial da Petrobras.
A Petrobrás ainda ressaltou que combustíveis seriam commodities globais, com preços que podem variar constantemente. “Em junho e agosto de 2019, divulgamos publicamente que os reajustes de preços não seguiriam mais periodicidade pré-definida, o que permanece inalterado”, ressaltou.
Mesmo com a crise, de acordo com a empresa, o cenário seria positivo. “Mesmo em período extremamente desafiador para a indústria global do petróleo, os resultados financeiros dos nove primeiros meses de 2020 revelaram forte geração de caixa e redução de dívida, contradizendo afirmações de supostos prejuízos decorrentes de nossa política comercial”, concluiu.
A divulgação das informações aconteceu durante a problemática do aumentos de valor nos combustíveis. Foi levantando a hipótese do governo até reduzir impostos.
A possível intromissão do governo no valor do combustível não é tão simples. Saiba porque clicando aqui.
Petrobras: preço do combustível preocupa Bolsonaro
Após reunião na sexta-feira (05), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que para conter o preço dos combustíveis, como a gasolina, deve propor um projeto de lei complementar que deve incidir sobre os valores das alíquotas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos estados.
O projeto ainda não tem dia especifico para ser enviado, mas deve ser encaminhado na próxima semana ao Congresso Nacional.
Ainda não está definido o que de fato será feito, já que estudos estão sendo feitos pelas equipes econômicas e jurídicas , mas Bolsonaro citou algumas hipóteses.
- Que o ICMS seja cobrado sobre o preço dos combustíveis nas refinarias
- Ou então no valor fixo da bomba
“Nós pretendemos é ultimar um estudo e, caso seja viável e juridicamente possível, nós apresentaremos ainda na próxima semana fazendo com que o ICMS venha a incidir sobre o preço do combustível nas refinarias ou um valor fixo para o álcool, a gasolina e o diesel. E quem vai definir esse percentual ou esse valor fixo são as respectivas assembleias legislativas”, declarou.
Isso significar dizer que o projeto trará diretrizes, outras definições como o valor fixo ou o percentual devem ser estabelecidas pelas assembleias legislativas dos estados.