Pesquisa mostra que Brasil tem o maior índice de universitários com a saúde mental afetada pela pandemia

Pesquisa mostra que Brasil tem o maior índice de universitários com a saúde mental afetada pela pandemia

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (26) aponta que o Brasil é o país com maior número de estudantes universitários que declara que a pandemia da covid-19 afetou a saúde mental. De acordo com dados do estudo “Global Student Survey”, sete a cada dez universitários brasileiros (76%) declaram que a pandemia impactou negativamente na saúde mental. O estudo foi feito pela Chegg.org.

Entre os 21 países analisados na pesquisa, este é o maior índice registrado. O levantamento ouviu 16,8 mil estudantes universitários de 18 a 21 anos, entre 20 de outubro e 10 de novembro de 2020. Entre os estudantes brasileiros, a maioria (87%) afirmou que houve aumento de estresse e ansiedade. No entanto, somente 21% disse que procurou ajuda, enquanto 17% declararam ter tido pensamentos suicidas.

Foram ouvidos estudantes dos seguintes países: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Quênia, Malásia, México, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Espanha, Turquia, Reino Unido, EUA e Rússia.

Outros países também registram altos índices 

Apesar de ter o maior índice, não foi apenas o Brasil que teve piora no estado da saúde mental dos universitários. Outros países também tiverem altos índices. Nos Estados Unidos, 75% dos universitários sentiram impacto na saúde mental, enquanto no Canadá e na Argentina os índices foram de 73% e 70%, respectivamente.

Além disso, a pesquisa mostra que boa parte dos estudantes têm tido dificuldade para pagar as contas e isso pode ter efeito sobre a saúde mental. No Brasil, 61% dos universitários têm dificuldade para pagar as contas. O índice é acima da média entre os demais países, que é de 53%.

De acordo com Lila Thomas, diretora de impacto social da Chegg, entre as maiores preocupações dos estudantes em todo o mundo está o acesso a empregos com boa qualidade e o aumento da desigualdade social. Nesse sentido, ela afirma:

“[…] Lidar com esses desafios é mais importante do que nunca após a devastação econômica causada pela Covid, e a educação é a chave para isso”.

Ainda em maio de 2020, a OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia alertado para os riscos que o isolamento social poderia provocar na saúde mental, uma vez que a falta de interação social, o medo, a incerteza, e o caos econômico podem causar sofrimento psicológico. 

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