A Síndrome de Arnold-Chiari é uma malformação genética, que pode não apresentar sintomas na idade infantil, entretanto, é acometida ainda durante o desenvolvimento do feto ou em alguns casos, devido a determinadas situações, como infecções, traumas e exposições tóxicas, que diminuem a quantidade de líquido cefalorraquidiano.
Considerada rara, a condição pode se manifestar na adolescência ou vida adulta, sendo mais recorrente a partir dos 30 anos.
Entre os sintomas da Síndrome de Arnold-Chiari, o individuo pode vir a apresentar:
- Dificuldade de equilíbrio
- Perda da coordenação motora
- Problemas visuais
- Dor cervical
- Fraqueza muscular
- Perda da sensibilidade e dormência
- Tontura
- Aumento da frequência cardíaca
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Existe tratamento?
O tratamento da Síndrome de Arnold-Chiari compreende uso de medicamentos para aliviar os sintomas de dores e em alguns casos mais graves, existe a alternativa cirúrgica, que tem como objetivo descomprimir a medula espinhal e permitir a circulação do líquido cefalorraquidiano.
Fisioterapia e terapia ocupacional também podem auxiliar na amenização dos sintomas, entretanto, a recuperação depende do grau da síndrome, que pode ser definida em até quatro tipos.
Tipos da Síndrome de Arnold-Chiari
- Tipo I: O cerebelo se estende até o forame magno, um orifício presente na base do crânio. Neste local deveria passar somente a medula espinhal.
- Tipo II: Neste tipo, além do cerebelo, o tronco encefálico também passa pelo forame magno.
- Tipo III: Considerada mais grave, esta malformação se caracteriza pelo alongamento do cerebelo e o tronco encefálico até o forame magno, atingindo inclusive, a medula espinhal.
- Tipo IV: Ainda mais grave, esta variação da síndrome também é a mais rara, inclusive, incompatível com a vida. Caracteriza-se pela ausência do desenvolvimento do cerebelo. Também ocorre quando ele é desenvolvido de forma incompleta.
Como descobrir a Síndrome de Arnold-Chiari?
O diagnóstico da Síndrome de Arnold-Chiari é feito por meio de exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
Também é possível que o neurologista solicite outros métodos para confirmar a condição, onde a capacidade motora, equilíbrio e sensibilidade do indivíduo acabam sendo avaliados.
Outras doenças que afetam o equilíbrio e coordenação motora
Outros transtornos neurológicos e mentais também podem acarretar na falta de equilíbrio e coordenação motora.
Associadas à disfunção do cerebelo, parte do cérebro responsável pelos movimentos voluntários, estas consequências abrangem condições além da Síndrome de Arnold-Chiari, como por exemplo, a Ataxia.
A Ataxia é o termo utilizado para caracterizar sintomas de doenças e situações subjacentes que levam à incapacidade de coordenação, entre elas:
- AVC
- Paralisia cerebral
- Doenças autoimunes (como a esclerose múltipla)
- Alguns tipos de câncer (pulmão e ovário, especialmente)
- Infecções virais como a catapora
- Hipotireoidismo
- Tumores cerebrais
Outras situações que levam à perda de coordenação dos movimentos voluntários é o consumo excessivo de álcool, drogas, envenenamento por metais pesados ou pela exposição a solventes, o uso de medicamentos como sedativos e benzodiazepínicos, alguns quimioterápicos, inclusive, a carência de vitaminas E e B12.
Ao notar qualquer alteração na qualidade motora e equilíbrio, o mais indicado é buscar auxílio médico, a fim de garantir um diagnóstico precoce.
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