Pensão por morte do INSS vai poder ser solicitada no cartório. Entenda

Pensão por morte do INSS vai poder ser solicitada no cartório. Entenda

De acordo com informações do próprio INSS, a ideia é facilitar o pedido da pensão por morte para os futuros beneficiários

Em breve, o cidadão vai ganhar o direito de solicitar a pensão por morte e o salário-maternidade a partir de um cartório. Isso vai acontecer porque o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) chegaram em um acordo sobre esse assunto.

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Então esses benefícios poderão ser oficialmente solicitados em qualquer um dos mais de 7,6 mil cartórios de Registro Civil que o Brasil tem neste momento. O objetivo é que essa ideia comece a funcionar em forma de testes ainda no próximo dia 15 de outubro apenas em algumas regiões do país.

A partir daí, o cidadão vai poder fazer a solicitação no momento dos registros. Uma mãe que vai registrar um recém-nascido, por exemplo, vai passar a ter o direito de pedir o salário-maternidade por lá mesmo. Do mesmo modo, um cidadão que vai pedir o documento de óbito, vai poder solicitar a pensão por morte.

“Ao efetuar o registro, o Cartório verificará o direito ao benefício diretamente nos sistemas do INSS, com resposta em tempo real. Na sequência, fará a formalização do requerimento de concessão com a devida instrução documental para sua homologação , dando ciência ao cidadão e comunicando ao Instituto que a autorização já está de posse do usuário”, diz a nota da Arpen.

Pelas regras atuais, o cidadão não pode fazer isso. De acordo com o próprio INSS, quem quiser pedir a pensão por morte ou mesmo o salário maternidade, precisa contatar o app do Meu INSS. Além disso, há também a opção de ligar para o número 135. Esses caminhos continuarão valendo mesmo depois do início deste projeto novo.

Críticas

O fato, no entanto, é que nem todo mundo está feliz com esse acordo. Em nota, por exemplo, o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) afirmou que há uma preocupação com essa decisão.

Eles afirmam que os cartorários não estão capacitados e nem habilitados para a realização desse tipo de função. Eles disseram que isso pode terminar em erros constantes e consequentemente um maior número de ações judiciais.

“O problema do INSS não é o protocolo, pois este atualmente é relativamente simples através dos canais de comunicação da Previdência”, afirma o instituto, em nota que tem a assinatura da sua Presidente, Adriane Bramante.

Pensão por morte

Para quem não sabe, a pensão por morte é concedida para parentes dependentes de beneficiários mortos. Na prática, quando uma pessoa que tem direito a um benefício do INSS morre, esse dinheiro vai para um parente próximo.

A situação varia a depender do grau de parentesco e de uma série de outras variáveis. É justamente por isso que esse é um dos benefícios que mais registram queixas contra o INSS na Justiça. É um tema complexo.

O salário-maternidade vai para a mãe que acabou de ter um filho e que, por isso, precisa se afastar do trabalho pelo menos por um tempo. Nos dois casos é preciso que o cidadão contribua com o INSS de alguma forma.

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