Guedes declara que aconteceu mais mortes por Covid na Argentina do que no Brasil; veja os números
“Se a educação é tão importante, por que não colocou recursos lá? Porque estão sendo colocadas em outros lugares, em obras públicas, em sistemas de saúde. Mas educação é importante também, será que não caberia R$ 3 bilhões em educação”, argumentou.
Nesta quinta-feira (12) o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a sair em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Dessa vez, ele contrariou o termo “genocida” e disse que o mesmo não acontece com o presidente da Argentina. No Brasil foram quase 567 mil mortes, enquanto na Argentina acumulou cerca de 108 mil. As informações do portal Metrópoles.
O portal aponta que apesar da comparação de administrações, Paulo Guedes errou quando disse que há mais mortes na Argentina. “Tem gente morrendo na Argentina aqui do lado, muito mais, e ninguém chama o presidente da Argentina de genocida. Então, às vezes, há excesso de alguns atores, mas as instituições continuam avançando”, disse.
Ele também citou o governo de Dilma Rousseff, e alegou que as críticas não eram como agora. “Ora, foi presidente, fez o trabalho dela com muita dignidade. A extrema-esquerda entre aspas já foi testada de um lado, agora a extrema-direita está sendo testada. Há muito barulho. Prefiro o barulho da democracia versus o silêncio da ditadura”, defendeu.
Guedes e Semana polêmica no Brasil
A declaração de Paulo Guedes foi dada numa semana em que o projeto de lei – polêmico – do voto impresso foi colocado em votação. No mesmo dia que isso aconteceu, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) promoveu um desfile bélico das forças armadas.
Mesmo com a derrota do projeto, o presidente não poupou críticas a prática do voto e colocou em dúvida a segurança deste tipo de votação, como já vinha fazendo.
Na mesma semana, o ministro Bruno Dantas, Tribunal de Contas da União (TCU) também deu parecer sobre o assunto. “o tribunal pode afirmar ao eleitor brasileiro, do alto de sua credibilidade, fundamentada em sua experiência na aplicação de métodos consagrados de auditoria, que as urnas eletrônicas são auditáveis e confiáveis”.
“Independentemente da tramitação de novas propostas legislativas, a continuidade do trabalho da rede de instituições dedicadas a criar um ambiente de segurança e integridade do sistema eleitoral é o que conduzirá a população em tranquilidade às próximas votações”, completou.
A prática do voto impresso vem sendo criticada por autoridades seja pelo alto custo ou então pelo processo que pode comprometer o sigilo do voto, além da possibilidade de sumiço de urnas com as cédulas em papel.
Veja nota do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgada em janeiro. “O Tribunal concluiu que a impressão colocaria em risco o sigilo e a liberdade de voto, além de importar em um custo adicional de quase R$ 2 bilhões, sem qualquer ganho relevante para a segurança da votação”, explicou.