PÁSCOA com GRANDE VITÓRIA para os trabalhadores de todo o Brasil

Sete em cada dez reajustes salariais ficaram acima da inflação em fevereiro, aumentando o poder de compra do trabalhador

Os reajustes salariais realizados em fevereiro deste ano foram bastante positivos para os trabalhadores do Brasil. Isso porque 69% dos acordos realizados no primeiro mês deste ano ficaram acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Em resumo, o INPC mede a variação da cesta de compras para famílias com renda de um até cinco salários mínimos, ou seja, foca nas pessoas de renda mais baixa do país. Aliás, este indicador é utilizado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS. Por isso que o INPC é tão importante para os trabalhadores do país.

Quando os reajustes salariais superam a variação acumulada pelo INPC, isso representa ganho de poder de compra do trabalhador. Em suma, o indicador reflete as variações mensais nos preços de produtos e serviços, bem como no acumulado dos últimos 12 meses.

Assim, situações em que os reajustes superam o INPC são as mais desejadas pelos trabalhadores, pois indicam que houve aumento da renda habitual destes profissionais.

Reajustes que não superam o INPC

Por outro lado, quando os reajustes ficam abaixo da variação acumulada pelo INPC, os trabalhadores sofrem com a redução do poder de compra. Em fevereiro deste ano, apenas 7,4% dos acordos e convenções coletivas não superaram o INPC, uma taxa muito positiva para os empregados do país.

Os demais 23,5% dos acordos e convenções coletivas ficaram iguais ao INPC. Nesse caso, não houve alteração do poder de compra dos trabalhadores, que continuaram com uma remuneração equivalente à inflação observada no período.

A propósito, os dados fazem parte do levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado mensalmente. Segundo o Dieese, estes dados se referem às negociações realizadas até o dia 9 de março.

Vale destacar que houve uma diferença bem significativa em relação a 2022. Enquanto sete em cada dez reajustes superaram o INPC em fevereiro de 2023, no ano passado menos de um quarto dos acordos conseguiu (23,8%).

Veja os reajustes nos principais setores econômicos

Entre os segmentos pesquisados, a indústria teve o maior número de reajustes acima da inflação do país em fevereiro de 2023, chegando a 76,9% do total dos reajustes. Já as negociações abaixo do INPC totalizaram 8,0%, enquanto 15,1% ficaram iguais à inflação medida pelo índice.

Com dados bastante semelhantes, os serviços fecharam fevereiro com 74,0% dos reajustes acima da inflação. Por outro lado, apenas 5,9% das negociações ficaram abaixo do INPC no período, enquanto os 20,1% dos acordos restantes tiveram uma variação igual a da inflação.

Embora os dados da indústria e dos serviços tenham sido muito positivos, o comércio não conseguiu registrar resultados tão bons assim para os trabalhadores do país. No entanto, os dados do setor ainda foram positivos para os empregados.

Em suma, 56,0% dos reajustes ficaram acima da inflação, o que quer dizer que mais da metade dos trabalhadores dos serviços viram o seu poder de compra crescer no primeiro mês deste ano.

Em contrapartida, 11,0% das negociações ficaram abaixo do INPC e não representaram ganho real para o trabalhador dos serviços. Assim, os 33,0% dos acordos restantes ficaram iguais ao INPC e também não resultaram em ganho real para os empregados do setor.

Centro-Oeste tem melhor desempenho entre regiões

O Dieese também revelou dados sobre os reajustes salariais entre as regiões brasileiras. Em fevereiro, a maioria dos acordos e convenções coletivas superaram o INPC em todas as regiões, elevando o poder de compra dos trabalhadores.

Confira abaixo os percentuais de acordos que superaram a inflação em cada uma das regiões brasileiras em fevereiro:

  • Centro-Oeste: 82,9%
  • Sudeste: 75,5%
  • Norte: 72,3%
  • Sul: 71,9%
  • Nordeste: 70,0%

Os dados citados são muito positivos para os trabalhadores de todo o país, visto que a maioria deles foi beneficiada com o aumento da renda. Aliás, os percentuais ficaram bastante expressivos em todas as regiões brasileiras.

Ao considerar os reajustes que ficaram abaixo do INPC, não houve regiões com taxas muito elevadas. Isso explica o resultado nacional, que também foi positivo para os trabalhadores.

Veja as taxas de reajustes abaixo do INPC nas regiões brasileiras:

  • Sul: 2,3%
  • Sudeste: 7,1%
  • Centro-Oeste: 8,5%
  • Nordeste: 9,4%
  • Norte: 9,9%

Em síntese, os dados mostraram o cenário ficou mais favorável para os trabalhadores do Sul, cujos reajustes abaixo da inflação foram bem tímidos. Nas demais regiões brasileiras, as taxas também foram pequenas, beneficiando os trabalhadores.

Por fim, ao considerar os acordos e convenções coletivas iguais ao INPC, as taxas foram as seguintes: Sul (25,8%), Nordeste (20,5%), Norte (17,8%), Sudeste (17,4%) e Centro-Oeste (8,5%).

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