Pagamentos por app aumentam com o fim das restrições de aglomerações

Uso de smartphones para compra de ingressos e reserva de hospedagens cresceram conforme índices de vacinação e mortes por covid-19 melhoraram

De acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Comércio móvel no Brasil, realizada em agosto com 2,1 mil brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone, os serviços O2O (online to offline) mostram uma retomada da rotina dos brasileiros. Conforme os índices de vacinação subiram e com a consequente queda na média móvel de mortes por covid-19, os brasileiros passaram a frequentar serviços que não utilizavam antes. Dessa forma, pagamentos realizados por app, como a compra de ingressos e reserva de hospedagem registraram crescimentos significativos em usuários ativos mensais (MAUs).

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A proporção de brasileiros com smartphone que já compraram ingressos através de apps voltou a crescer, atingindo 37%, ante 34% na pesquisa realizada em março deste ano. Entre quem comprou um ingresso 30 dias antes da pesquisa – considerado um MAU desse tipo de serviço – deu um salto de 9 pontos percentuais no período, passando de 27% para 36%. Os aplicativos favoritos para a compra de ingressos continuam sendo Ingresso.com (26% da preferência), Cinemark (14%), Sympla (5%) e Ingresso Rápido (2%), nesta ordem. 

Curiosamente, a disposição para voltar a frequentar eventos é maior entre os homens, visto que 40% declaram ter comprado ingresso via app nos últimos 30 dias. Das mulheres entrevistadas, 31% afirmaram ter realizado uma compra de ingresso por aplicativo no último mês. 

Também se percebe uma diferença de acordo com a idade: 16 a 29 anos (41%); 30 a 49 anos (33%); e 50 anos ou mais (28%). Note-se ainda que entre as pessoas das classes C, D e E (37%) a proporção é maior que entre aquelas das classes A e B (31%). 

Segmentos de hospedagem e de corridas por app também sobem 

No segmento de reserva de hospedagem, o aumento aconteceu na base que já experimentou pelo menos alguma vez esse tipo de serviço através de app: um ganho de sete pontos percentuais entre março e agosto, passando de 32% para 39%. Neste grupo, 48% afirmam ter feito o pagamento de uma reserva por app nos últimos 30 dias antes da pesquisa, percentual praticamente estável frente aos 47% registrados em março. 

Os apps líderes na preferência do brasileiro para reserva de hospedagem continuam sendo Booking.com, apontado como o favorito por 29% dos usuários desse tipo de serviço, e AirBNB, citado por 22%. Na sequência, aparecem Hotels.com (8%), Trivago (7%), Decolar (6%) e Hurb (4%).  

Novamente as maiores proporções de MAUs são observadas entre homens (51%) e entre jovens de 16 a 29 anos (52%), que preferem realizar esse tipo de pagamento por app. Mas nesse serviço, ao contrário da venda de ingressos, as classes A e B lideram em termos proporcionais (53%) em comparação com as classes C, D e E (46%). 

Já a base de brasileiros com smartphone que já solicitaram uma corrida de táxi ou automóvel particular se manteve relativamente estável em 82% ao longo dos cinco meses. No entanto, a proporção de MAUs subiu acima da margem de erro, passando de 71% para 74%, o que a pesquisa diz ser outro indicador da gradual retomada da rotina pelo brasileiro. O Uber mantém a liderança do segmento, sendo o app preferido de 72% dos usuários, seguido distante pelo 99, citado por 20%. 

O hábito de pedir um carro por app é um pouco mais comum entre mulheres (75%) que entre homens (73%). Por idade, os jovens de 16 a 29 anos lideram (76%). E na análise por renda familiar mensal, as pessoas das classes C, D e E apresentam um percentual um pouco maior (75%) que entre aquelas das classes A e B (72%).  

Metodologia da pesquisa 

A Panorama Mobile Time/Opinion Box – Pagamentos móveis e comércio móvel no Brasil – setembro de 2021 é uma pesquisa independente produzida por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções de pesquisas Opinion Box. Nesta edição foram entrevistados 2.100 brasileiros, respeitando as proporções de gênero, idade, renda mensal e distribuição geográfica desse grupo. As entrevistas foram feitas on-line entre 4 e 16 de agosto de 2021. Esta pesquisa tem validade estatística, com margem de erro de 2,1 pontos percentuais e grau de confiança de 95%.

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