O orçamento da Saúde de 2021 no Brasil voltou ao patamar pré-pandemia da Covid-19. Os valores estão sendo discutidos no Congresso Nacional.
O orçamento previsto para Saúde em 2021 é de R$ 125,8, conforme a Comissão Mista de Orçamento, do Congresso Nacional. Valor que se aproxima do investido em 2019, quando nem havia pandemia – R$ 122,2 milhões.
Em 2019, ano que aconteceu o primeiro caso da Covid-19 no Brasil, foram investidos R$ 160,9 bilhões.
A pandemia no Brasil hoje enfrenta um dos momentos mais críticos. Para se ter uma ideia, a Fiocruz chegou a divulgar que nesta semana o país passa pelo “maior colapso sanitário e hospitalar da história”.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também afirmou que a pandemia no Brasil hoje seria uma “tragédia de dimensões bíblicas, de magnitude épica” e criticou o ritmo que a vacinação estaria acontecendo no país.
Orçamento da Saúde e gastos extras
Com isso, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), ligado ao Ministério da Saúde, divulgou uma petição pública “O SUS merece mais em 2021”. Mais de 600 mil pessoas já assinaram o texto.
“É impossível fazer tudo o que precisa ser feito esse ano sem esses recursos extras. Precisamos garantir que os parlamentares analisem e votem a Lei Orçamentária Anual 2021, definindo para o Ministério da Saúde um piso emergencial enquanto um orçamento mínimo no valor de R$ 168,7 bilhões”, afirmou o presidente do CNS, Fernando Pigatto, ao G1.
Outro lado
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, se defendeu afirmando que se for necessário o governo adotará as mesmas medidas do ano passado.
“O que faremos é uma análise, em conjunto com o Congresso, para ver caso a caso. Lembrando que a nossa posição fiscal nesse ano é diferente da do ano passado. Tivemos um endividamento adicional de R$ 1,1 trilhão ao longo de 2020. Cada ação é tomada com duas visões: zelo com questões sociais e o atendimento às regras fiscais”, disse Rodrigues.
Ele também declarou que o ministério “atuará dentro dos regramentos legais para defesa dos mais vulneráveis”. “E a saúde é prioridade”. Por fim, destacou que “não há prejuízo no combate à pandemia”.