Oposição reage ao possível fim do PIS/PASEP. “Tirar do pobre não resolve”

A oposição ao Governo Federal recebeu com certa indignação a história de que o Palácio do Planalto estaria estudando cancelar o abono salarial PIS/PASEP. Quem deu essa notícia foi o Portal de notícias UOL ainda na última quinta-feira (17).

O Governo Federal, no entanto, ainda não confirma essa história. Ao mesmo tempo, mesmo depois de 24 horas da publicação da matéria, eles também não negam. Membros de dentro do Palácio do Planalto afirmam que o estudo realmente está acontecendo.

No Congresso Nacional, a oposição não perdeu tempo e fez muitas críticas ao Presidente Jair Bolsonaro. No geral, deputados de esquerda disseram que essa medida seria ruim para a população. Na visão deles, isso acabaria punindo mais pessoas pobres no Brasil.

A ideia do Governo seria, ainda de acordo com a matéria do UOL, acabar com esse abono para poder aumentar os valores do novo Bolsa Família. Em entrevista recente, o Presidente Jair Bolsonaro disse que a ideia é fechar uma média de R$ 300 nos pagamentos do novo programa.

“Bolsonaro e Guedes planejam acabar com o abono salarial para “turbinar” o Bolsa Família. Já cortaram o auxílio emergencial, e querem cortar do trabalhador. Fazer a política de descobrir um santo para cobrir outro não dá. Tirar dinheiro do pobre não resolve desigualdade no país”, disse o Deputado Federal Enio Verri (PT-PR).

Novo Bolsa Família

De acordo com informações do próprio Governo, o novo Bolsa Família será maior do que a atual versão. Hoje, segundo dados do Ministério da Cidadania, cerca de 14,7 milhões de brasileiros recebem o dinheiro do programa. Esse número deve ficar alguns milhões maior em breve.

Além disso, como dito, os valores médios dos pagamentos também devem crescer. Hoje, ainda de acordo com o Ministério da Cidadania, esses repasses têm uma média de R$ 190. O Ministério da Economia quer subir isso para R$ 250 e o Presidente Jair Bolsonaro quer aumentar esse patamar para a casa dos R$ 300.

Outro ponto que deve mudar é o nome do programa em questão. A ideia é tentar inserir uma marca de Bolsonaro na nova fórmula. Isso porque dentro do Palácio do Planalto há a ideia de que o Bolsa Família representa uma ligação muito forte com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Auxílio Emergencial

Falta saber, no entanto, quando o novo Bolsa Família vai entrar em cena. De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, isso só vai acontecer quando o novo Auxílio Emergencial chegar ao fim. Em tese, isso aconteceria no próximo mês de julho.

Acontece que o próprio Guedes disse publicamente que o benefício vai passar por uma prorrogação. Isso porque a pandemia no Brasil ainda parece longe de acabar. O programa deverá durar por mais dois ou três meses, a depender do ritmo da vacinação contra a Covid-19 no Brasil.

Hoje, os principais especialistas em saúde pública consideram que a campanha de vacinação está lenta no Brasil. No entanto, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garante que todo esse processo ainda vai acelerar nos próximos meses. Pelo menos é o que ele está dizendo.

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