O que fazer quando seu celular é roubado

Kaspersky destacas as dicas de segurança que permitem impedir mais danos financeiros após ter celular roubado

Uma recente pesquisa mostra que cerca de 100 celulares são furtados ou roubados por hora no Brasil em 2022. Para ajudar aqueles que se tornaram vítimas desse crime, a Kaspersky elaborou um guia com ações para prevenir os danos deste golpe a partir do caso real de um executivo da empresa, que não teve prejuízos – além do roubo do celular.

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O atual roubo de um celular vai além da perda material, pois os criminosos visam tirar proveito dos métodos de autenticação dos apps financeiros para conseguir efetuar fraudes financeiras. Além disso, eles passam a ter acesso a uma grande quantidade de informações pessoais que estão armazenadas no dispositivo, como e-mails, fotos e mensagens digitais íntimas. 

A maioria das dicas de higiene digital têm como premissa que o indivíduo está em posse do equipamento (um celular, computador ou notebook). Porém, quais as medidas de segurança necessárias quando é o criminoso que está com o celular da vítima nas mãos? Claudio Martinelli, diretor-executivo da Kaspersky para América Latina, teve o celular roubado recentemente no trânsito e conseguiu evitar danos adicionais além da perda do aparelho. 

Ações preventivas – elas dificultarão as ações dos criminosos e darão algum tempo para que a vítima consiga acesso a um outro dispositivo: 

Uso de pelo menos dois “logins” (autenticações). Uma opção é usar o recurso de bloqueio de programas do próprio sistema operacional (Android ou iOS) para exigir uma senha para abrir um programa. Segunda alternativa é baixar um programa com esta função, como a solução de segurança da Kaspersky para celulares; nela, a pessoa indica quais apps necessitam de uma senha extra para serem abertos. O último login é o uso de login e senha nativo dos programas, sejam eles app financeiros ou de consumo (delivery, lojas online).  

Avaliar a utilização da biometria (digital ou facial). Este recurso está sendo usado para permitir o acesso dos criminosos nos programas financeiros. É importante deixar claro que o banco online é seguro, mas o que acontece é que o criminoso adiciona uma nova biometria e passa a usar as senhas salvas no dispositivo livremente. 

Para evitar isso, é importante ativar uma proteção por senha do sistema, sempre que uma nova biometria for criada. Caso esse processo não tenha uma segurança adicional, é recomendado desativar seu uso em programas críticos (financeiro, delivery, e-mail, app de dupla autenticação e loja online).  

Verifique se sua operadora e banco tem algum atalho para falar com um atendente. Na maioria dos casos, os sistemas de atendimento automático demoram muito até oferecer a opção para falar com alguém. Se houver uma opção mais rápida, vale a pena saber “o caminho das pedras”.  

Ações após o furto e assim que a pessoa consiga acesso a um dispositivo: 

O primeiro passo é tentar bloquear imediatamente o telefone. Ligue para o seu provedor de serviços móveis para pedir o bloqueio do cartão SIM e do IMEI. Isso impedirá o ladrão de receber SMS com os códigos para recuperação de senhas nos serviços online e de se conectar à internet. 

Faça também o bloqueio do telefone por meio da solução de segurança que incluem as funções de antirroubo. Ele permite o bloqueio, localização e até a limpeza dos dados do dispositivo de maneira remota. O Android conta com essa opção através deste link. 

Ligue para o seu banco para notificar que o telefone vinculado à sua conta foi roubado e peça o bloqueio de qualquer transação feito por este dispositivo. Repita esse processo para todas as instituições financeiras e comerciais, pois os criminosos podem tentar efetuar compras usando o dispositivo e a conta da vítima.  

Mais riscos 

No entanto, o golpe não termina depois de impedir os danos financeiros. É possível que os cibercriminosos tenham salvos os dados pessoais como CPF, RG e endereço. A Kaspersky lembra que os celulares são também uma ferramenta de verificação da nossa identidade no mundo digital. Com essas informações, os bandidos podem tentar realizar empréstimos bancários ou abrir contas falsas. 

Existem aplicativos que monitoram o uso do CPF, além do próprio serviço Registrato, do Banco Central, que permite fazer consultas sobre o uso do CPF de um brasileiro. É importante ter essas formas de controle para poder identificar possíveis fraudes usando seus dados pessoais. 

Se a pessoa que teve o celular roubado quiser recuperar os dados salvos no celular, é interessante ter um backup configurado para salvar fotos e mensagens automaticamente, seja no Android, com o Google Account, ou no iOS, com o iCloud.

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