O lock-up das ações do Nubank terminou nesta terça-feira (17). Com isso, David Vélez, co-fundador e CEO do banco digital, assegurou que a maioria dos acionistas não pretendia vender suas ações. A afirmação foi feita na teleconferência após a divulgação dos resultados do último trimestre do Nubank, que ocorreu na segunda-feira (16).
O lock-up das ações de uma empresa é um período, definido por cláusula contratual, que impede os investidores de venderem suas ações, sob pena de multa. Vélez garantiu que os investidores do Nubank não pretendem vender suas ações. O executivo tentou minimizar as preocupações com o fim do lock-up.
Segundo o colombiano “os investidores têm nos falado que não tem nenhum interesse em vender ações no curto prazo. Eu pessoalmente também vendo zero ações do Nubank”. As afirmações do CEO da empresa foram feitas logo após o trimestre mais forte da história do banco ter sido anunciado.
Após realizar sua oferta pública inicial (IPO) na Bolsa de Nova York, em 9 de dezembro de 2021, muitas ações do Nubank não foram vendidas. Isso ocorreu porque os acionistas da empresa não podiam comercializar as ações logo após o IPO.
Ações do Nubank
O Nubank antecipou o fim da liberação do lock-up, devido aos bons resultados da empresa que se mostraram promissores. Nesta terça-feira (17), devido aos números positivos do resultado financeiro, o dia começou bem para as ações do Nubank. Tanto as ações negociadas na bolsa brasileira (B3), quanto os ativos negociados na Bolsa de Nova York (NYSE) começaram com fortes ganhos.
Entretanto, na mesma manhã ocorreu uma forte volatilidade nas ações do Nubank, o que indica uma queda. Na bolsa norte-americana de Nova York, os papéis chegaram a ter uma alta, mas após oscilações durante o dia fechou com uma queda de 6,21%, cotado a US$4,08. Além disso, no Brasil as ações fecharam em R$ 3,38, com uma baixa de 7,40%.
Banco digital entra no mercado de criptomoedas
Na última semana, o Nubank começou suas negociações com criptomoedas. Além disso, a fintech também divulgou o nome da marca que assumirá o controle dessa nova área da empresa. As intermediações das negociações serão feitas pela empresa Paxos, que trabalha com corretagem de criptomoedas.
Após vários pedidos de registro de marcas, o Nubank anunciou o nome de seu setor de moedas digitais, que se chamará Nubank Cripto (NuCripto). A fintech dará suporte às criptomoedas por serviços de corretagem e intermediando as negociações.
Além disso, um fator que chama a atenção é que nos pedidos de registro de marca a mineração de criptomoedas foi citada. No entanto, não ficou claro se o Nubank planeja entrar nessa área em algum futuro próximo.
O Nubank também lançou um vídeo no YouTube, tirando dúvidas de seus clientes com relação a moedas digitais. O banco digital deixa clara a importância de se conhecer bem as criptomoedas, e entrar no ramo gradualmente. Isso porque os valores desse tipo de mercado variam muito, e investidores inexperientes podem perder muito dinheiro.