O Governo Federal está neste momento no processo de produção do novo Bolsa Família. De acordo com o próprio Palácio do Planalto, a ideia é que o novo programa esteja pronto até o próximo mês de agosto. Eles dizem que o projeto vai ficar maior do que o atual Bolsa Família.
De fato, pelos planos do Governo a ideia é mesmo aumentar o Bolsa Família. O programa deverá crescer no número de beneficiários e também na média dos pagamentos das mensalidades. No entanto, o projeto será bem menor do que o atual Auxílio Emergencial.
De acordo com informações da própria Caixa Econômica Federal, o novo Auxílio Emergencial atende atualmente cerca de 39 milhões de pessoas. E esse número tende a subir nas próximas semanas. Pelas contas do Governo, dá para pagar esse benefício para, pelo menos, mais uns seis milhões de brasileiros.
Então ao todo, o Auxílio vai fazer pagamentos para cerca de 45 milhões de brasileiros. Hoje, o Bolsa Família faz repasses para 14 milhões de pessoas. Na nova versão do programa, como dito, esse número vai crescer. No entanto, ele não deve chegar perto dos 45 milhões que o Auxílio paga.
Dessa forma, dá para dizer que, se sair do papel, o novo Bolsa Família será maior do que atual Bolsa, mas menor do que o atual Auxílio. E por mais que isso pareça uma questão sem muita importância, é justamente isso o que está preocupando muitos brasileiros agora.
Brasileiros sem renda
A questão é que o Governo Federal quer que o novo Bolsa Família esteja pronto no próximo mês de agosto. Seria exatamente no período que sucede o fim dos pagamentos do Auxílio Emergencial. A ideia do Planalto é fazer com que as pessoas que saiam do Auxílio entrem para o novo programa.
O problema é que não tem espaço para todo mundo no novo Bolsa Família. Isso significa dizer que quando o Auxílio chegar ao seu fim, em meados do mês de julho, milhões de brasileiros irão ficar sem nenhum tipo de auxílio. Isso porque nenhum outro programa vai abarcar essas pessoas.
De acordo com o Presidente Jair Bolsonaro, o novo Bolsa Família deverá fazer pagamentos médios de R$ 250. Hoje, a média dessas mensalidades está na casa dos R$ 190. Quando se fala em valores, o Bolsa e o Auxílio estão portanto em um mesmo patamar.
Solução é prorrogar Auxílio
Diante deste problema, vários parlamentares do Congresso Nacional estão se juntando neste momento com o objetivo de fazer pressão no Palácio do Planalto. Eles querem que o Governo aprove uma prorrogação desse Auxílio até o próximo mês de novembro.
De acordo com esses deputados, essa seria uma maneira de manter esses 45 milhões de brasileiros recebendo algum tipo de renda, pelo menos, até o final deste ano. Esses parlamentares lembram que um novo Bolsa Família, mesmo após uma reformulação, não teria essa capacidade.
O Governo acabou de terminar os repasses da primeira parcela do Auxílio Emergencial. Nesta semana, a Caixa Econômica Federal ainda está liberando os saques desse primeiro ciclo. Ainda de acordo com o Governo, ainda faltam oficialmente os pagamentos de mais três parcelas.