Motoqueiros e motoristas de aplicativos estão querendo entrar no novo Auxílio Emergencial de R$ 400 do Governo Federal. Para quem não está acompanhando a história, o Presidente Jair Bolsonaro anunciou esse benefício ainda na semana passada. Só que pela fala dele, apenas os caminhoneiros é que irão receber esse dinheiro.
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Em sua declaração na sua tradicional live de quinta-feira, Bolsonaro adiantou que o preço do combustível vai subir mais uma vez. Ele disse ainda que não pode fazer nada quanto a isso. O Presidente disse que a Petrobras é um “monopólio” e que ele não teria o poder de interferir nos preços dos combustíveis do país.
Para tentar resolver esse impasse, ele disse que o Governo Federal vai pagar um Auxílio para os caminhoneiros. O valor do benefício mensal vai ser de R$ 400 ainda sem data certa para o seu início. “É pouco? É pouco. Mas é isso o que podemos pagar por causa da nossa responsabilidade fiscal neste momento”, disse Bolsonaro na live.
Rapidamente a história se espalhou pelas redes sociais. Alguns políticos entraram na campanha dos motoqueiros para que o Presidente os inserissem nesse programa. O argumento dessas pessoas é a de que esses trabalhadores também são impactados pelo aumento do preço do combustível.
“E para os motoboys e motoristas de aplicativos, qual será o auxílio, Bolsonaro? Ou o preço do combustível não subiu pra eles? Ou o trabalho deles é menos importante? Eles não são provedores da família?”, disse um internauta em seu perfil oficial do Twitter. O Governo Federal ainda não respondeu essas questões.
Pode acontecer?
Agora a pergunta que fica no ar é: “isso pode acontecer?”. Afinal, muita gente está esperando que Bolsonaro amplie o tamanho de mais esse benefício para mais gente. O fato, no entanto, é que ainda não dá para saber se isso vai sair do papel mesmo.
É que vale lembrar que existe uma certa pressão do Ministério da Economia para que o Governo Federal não gaste demais no próximo ano. Eles temem que o Palácio do Planalto possa acabar furando o teto de gastos públicos.
Por outro lado, vale sempre lembrar que o ano de 2022 vai contar com eleições presidenciais. Então o Governo vai querer gastar dinheiro para tentar recuperar a perda de popularidade vista nos últimos meses pelo Presidente Jair Bolsonaro.
Auxílios geram crise
Nos últimos dias, alguns dos mais importantes membros do Ministério da Economia chegaram a pedir demissão dos seus cargos. E o motivo foi justamente o plano do Governo Federal para pagar esses auxílios.
Esses agentes que se demitiram acreditam que o Palácio do Planalto não estaria respeitando o limite básico do teto de gastos neste momento. Por isso, eles decidiram sair dos seus cargos.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, continua. De acordo com informações da imprensa, ele chegou próximo de sair do cargo, mas o Presidente Jair Bolsonaro foi pessoalmente até o Ministério da Economia para pedir para ele não fazer isso.