Novas vagas de emprego ficam abaixo das expectativas do mercado

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência nesta terça-feira (26), o país registrou 313.902 novas vagas de emprego com carteira assinada em setembro de 2021. Apesar disso, o número se mantém abaixo das expectativas do mercado.

Segundo o levantamento houve 1.780.161 admissões e 1.466.259 demissões no Brasil nesse período. O número representa uma desaceleração de 14,7% comparado ao mês de agosto. Já em relação a setembro de 2020 houve uma queda de 1,6%.

O estudo constatou que durante o período analisado todos os cinco setores da atividade econômica brasileira registraram a criação de novas vagas de emprego. Em primeiro lugar destaca-se o setor de serviço com 143.418 novos trabalhadores.

O setor industrial ficou em segundo lugar no ranking, registrando 76.169 novos postos de trabalho. Já o comércio, setor industrial e agropecuária registraram respectivamente 60.809, 24.513 e 9.084 novas vagas de emprego durante o mês de setembro.

Entenda o Caged e a relação com as vagas de emprego

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado com o intuito de registrar novas vagas de emprego e demissões de funcionários que trabalham, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no país. Esse cadastro é utilizado pelo Programa de Seguro-Desemprego para conferir os dados dos beneficiários, como os vínculos trabalhistas.

Além disso, o cadastro serve como base para elaboração de estudos, pesquisas, projetos e até mesmo programas sociais ligados ao mercado de trabalho, bem como auxilia na tomada de decisões para ações governamentais.

O salário dos trabalhadores tem diminuído

O levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) constatou que o salário médio de admissão no Brasil no mercado formal (CLT) foi de R$ 1.792.02 durante o mês de agosto (o menor valor nos últimos 12 meses).

“A ocupação entre as profissões está crescendo. Mas, embora o mercado de trabalho esteja reagindo, essa aceleração dos preços nos últimos meses está corroendo os ganhos de renda do mercado formal de forma sistemática desde junho”, disse o economista Fabio Bentes no levantamento realizado pela CNC.

O economista afirmou que o cenário é positivo em relação a criação de novas vagas de emprego no mercado formal, já que 85% das profissões tem admitido mais do que demitido funcionários. Apesar disso, do ponto de vista da renda, dois terços das profissões que mais geram vagas no país estão perdendo da inflação no momento em que a taxa de desemprego ainda é bastante alta, disse Bentes.

De acordo com dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ainda possui mais de 14 milhões de desempregados, ou seja, faltam vagas de emprego formal para grande parte da população, principalmente para aqueles que estão tentando ingressar pela primeira vez no mercado de trabalho. No primeiro trimestre de 2021 a taxa de desemprego no país atingiu um recorde de 14,7%

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