O atual governo Lula está considerando fazer alterações e definir novas regras para concursos públicos no Brasil. A proposta é introduzir métodos adicionais de avaliação, além de permitir a utilização de tecnologia durante o processo seletivo, seja em algumas fases ou de forma integral.
Com o uso da tecnologia e a adoção de novas abordagens, espera-se que o sistema de concursos públicos se torne mais ágil, eficaz e acessível a todos os cidadãos interessados em ingressar no serviço público. Além disso, essas mudanças visam aumentar a competição e garantir segurança jurídica.
Para você entender melhor quais são essas mudanças e o como isso vai refletir nas seleções, organizamos esse texto. Então, continue a leitura com a gente.
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Proposta do Governo Lula visa novas regras para concursos públicos
Em relação às novas regras para concursos públicos que estão sendo estudadas, vale dizer, antes de tudo que, o texto do projeto atual está sujeito a alterações, mas a versão atual permite a avaliação dos candidatos com base em seus conhecimentos, habilidades e competências.
De uma forma geral, os requisitos mínimos para uma avaliação vão permanecer inalterados, como por exemplo a aplicação de provas de caráter escrita, objetiva, dissertativa ou oral.
Entretanto, a comissão responsável pelo concurso terá a possibilidade de exigir etapas adicionais nos aspectos relacionados a habilidade e competências.
Dessa forma, no que se refere à avaliação de habilidades, será possível medir tanto a aptidão intelectual quanto física para desempenhar as atividades do cargo. Isso pode incluir testes físicos, elaboração de documentos e simulação de tarefas específicas relacionadas ao cargo em questão.
Essas medidas visam garantir uma avaliação completa e abrangente dos candidatos, levando em consideração os requisitos e as demandas específicas do cargo. É importante ressaltar que essas informações são baseadas na versão atual do projeto, sujeita a possíveis alterações.
Da mesma forma, na avaliação de competências, busca-se analisar os aspectos comportamentais dos indivíduos por meio de diferentes métodos e ferramentas.
Além das entrevistas, que permitem a obtenção de informações diretas sobre o comportamento e atitudes dos candidatos, outros instrumentos podem ser utilizados para complementar essa análise.
Ferramentas para análise das competências
- Avaliação psicológica: Aplicação de testes e questionários psicométricos para avaliar características como personalidade, habilidades cognitivas e emocionais, entre outros aspectos relevantes para o desempenho profissional.
- Exame de higidez mental: Procedimento que verifica a saúde mental do candidato, identificando possíveis condições que possam interferir no seu desempenho ou bem-estar no ambiente de trabalho.
- Teste psicotécnico: Avaliação de habilidades específicas, como raciocínio lógico, memória, capacidade de concentração e aptidões motoras. Esses testes são projetados para medir o potencial do candidato em desempenhar tarefas específicas ou lidar com determinadas demandas no trabalho
Observação: as reuniões internas no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos estão abordando o assunto das novas regras para concursos públicos.
Essa discussão faz parte de uma lista de iniciativas que o ministério planeja implementar nos próximos meses, incluindo a criação de uma nova legislação para cotas em concursos públicos.
O que muda se as novas regras para concurso público forem aprovadas?
Em resumo, caso sejam aprovadas, as novas regras terão aplicação exclusiva em futuras seleções, com o objetivo de estabelecer diretrizes que serão adotadas tanto pela União quanto pelos estados e municípios.
A definição das etapas utilizadas no processo de seleção será de responsabilidade da comissão organizadora, e será imprescindível comunicá-las de maneira transparente aos candidatos. Dessa forma, todos terão conhecimento prévio das fases pelas quais passarão durante a seleção.
Além disso, uma outra disposição prevê que o concurso poderá ser realizado “total ou parcialmente” de forma remota, utilizando meios online ou plataformas eletrônicas.
No entanto, é essencial que seja garantida a igualdade de acesso a todos os candidatos, assegurando que todos tenham condições equitativas de participação.
A efetiva implementação dessa tecnologia dependerá de regulamentação, que poderá ser de natureza geral para cada esfera governamental ou específica para cada órgão.
Essas regras deverão passar por um processo de consulta pública prévia e estar em conformidade com padrões de segurança da informação. A decisão de utilizar ou não essas ferramentas será uma escolha dos responsáveis pelo concurso.
“As mudanças são bem-vindas, sobretudo neste momento de avanço tecnológico, mas também é uma coisa que temos que ter atenção. Há municípios que não estão totalmente informatizados, alguns são mais analógicos”, afirmou o presidente do Fonacate.