NOVA proposta para o auxílio com valor de R$600
Devido aos crescentes casos de desemprego no país e as demais situações que podem se desencadear desse fato, o Congresso Nacional voltou a discutir sobre os baixos valores que estão sendo distribuídos no auxílio emergencial.
Os senadores já estão pretendendo apresentar uma proposta, através de uma PEC, com um valor fixo de R$ 600, durante seis meses. Segundo o senador Rogério Carvalho, o texto já está pronto.
A proposta foi apresentada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, enquanto estava em Brasília. Lula já havia disparada argumentos criticando os valores do auxílio emergencial. De acordo com o cientista André César, “o auxílio emergencial deverá ser uma das peças-chave da campanha eleitoral”.
Informações do levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas elaborados a partir de dados do IBGE, apontam que 13% de brasileiros estão vivendo abaixo da linha da extrema pobreza, com R$ 8,2 reais ao dia. Devido a isto, os debates sobre os valores distribuídos nos programas sociais só aumentam nas mesas dos opositores.
Carvalho ainda avalia que os R$ 600, além de ajudar a tirar os cidadãos a extrema pobreza, deve manter em movimento a economia brasileira.
“Esse fenômeno já foi observado no ano passado, com mais brasileiros tendo acesso a alimentos e uma série de outros produtos, que vão de itens de limpeza a material de construção”, afirma o senador.
O senador está contando com o aumento das reservas do resultado cambial do Banco Central, pela valorização do dólar para projetar a proposta do novo auxílio. “Há ali os 240 bilhões de reais que precisamos para financiar a prorrogação e o acréscimo valor pretendido”, diz.
A expectativa é que, caso o novo auxílio seja aprovado, comece a ser pago em junho. Porém, conversas de bastidores do Congresso dizem que talvez não seja possível dobrar ou triplicar o valor do benefício, visto que pode gerar risco fiscal. Em 2021, o Brasil chegou a sete anos seguidos de déficit público e uma dívida de 90% do PIB.
Segundo informações do IBGE, a taxa de desemprego no país está batendo marcas históricas desde 2012. Os dados revelam que só em fevereiro, o acréscimo foi de 14,5%. Na população, 40 milhões de trabalhadores são informais, logo, esse montante não tem direito a proteção formal.
Sobre isso, o senador argumenta. “São pessoas que correm o risco de perder a renda da noite para o dia com a pandemia”, diz Carvalho.