A pandemia da Covid-19 expandiu o crescimento de um modelo de trabalho que já existia, mas que se tornou rotineiro nestes últimos dois anos, devido a disseminação da doença.
Trata-se do modelo híbrido, onde o trabalho fica dividido entre home-office e trabalho presencial.
Com isso o funcionário trabalha alguns dias da semana de forma remota e alguns presencialmente na empresa. Tal modelo híbrido é preferido por cerca de 42% dos trabalhadores com carteira assinada, já que dessa maneira se torna possível evitar o deslocamento diário até a empresa, ter flexibilidade no horário em casa e ainda interagir presencialmente com os colegas de trabalho algumas vezes na semana.
Esses dados foram tirados de uma pesquisa realizada pelo site Vagas.com que identificou também que a manutenção do relacionamento presencial com colegas de trabalho aparece na liderança dos argumentos a favor do modelo híbrido, representando 31% do total de respostas.
Outros argumentos que favorecem o modelo híbrido são a flexibilidade para adequar o trabalho a outras atividades domésticas com 16,8%, além de evitar a locomoção diária até o trabalho (14%). Outras justificativas também foram dadas, como a de poder cuidar de filhos ou outros familiares em alguns dias da semana, entre outras.
Modelo híbrido de trabalho: Mais dados do levantamento realizado pela Vagas.com
A pesquisa feita pelo Vagas.com foi realizada no período entre os dias 29 de outubro a 7 de novembro, por e-mail, contando com a participação de 11.601 entrevistados da base de dados do site. O estudo foi realizado com o intuito de entender as preferências dos candidatos pelos modelos de trabalho disponíveis e os motivos pelos quais mais gostam desses formatos.
No levantamento também foram coletadas informações de quantos dias por semana seriam ideais para se trabalhar presencialmente, no modelo híbrido. Os entrevistados apontaram preferencialmente três dias (41%), seguido por dois dias (33%), quatro dias (14%), um dia (5,6%) e outros (6,4%).
O retorno do trabalho presencial ficou em segundo em termos de preferência, representando 32% das respostas dadas pelos participantes. Os motivos que mais se destacaram pela escolha dessa opção foram:
- ter maior foco e concentração (37%);
- ter relacionamento presencial com outras pessoas da empresa (32,6%);
- ter um ambiente adequado para trabalhar (móveis e infraestrutura) (16,4%);
- sair do ambiente doméstico (4,3%);
- entre outros.
O home office, ou seja, o método totalmente remoto foi a escolha de 26% dos participantes.
Como o trabalho fica daqui pra frente?
O home office trouxe benefícios para muitos trabalhadores. E é por isso, que a maioria almeja continuar trabalhando à distância por alguns dias da semana. Isso pode trazer benefícios também para o empregador, pois não traz prejuízos e nem a queda da produtividade. Pelo contrário, em muitos casos pode até elevar.
Entre os principais pontos de destaque está uma maior sensação de segurança em tempo difíceis, como o provocado pela pandemia, maior flexibilidade, qualidade de vida e bem-estar, ocasionando em mais motivação e vontade de permanecer nos quadros da empresa.
Sendo assim, o que se espera do futuro é que mesmo após a pandemia, a tendência dos profissionais por um trabalho híbrido aumentará, e as empresas que não estiverem preparadas para essa mudança vão perder grandes chances de melhores resultados e maior competitividades.
Cabe aos novos empreendedores e às empresas já existentes disponibilizarem ferramentas, espaços e recursos para possibilitar a execução de um modelo híbrido de trabalho.