O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), publicou na última quarta-feira (3), uma chamada para novas tecnologias e ferramentas de bioinformática em biotecnologia.
MCTI e CNPq: novas tecnologias e ferramentas de bioinformática em biotecnologia
A chamada pública vai selecionar propostas para apoio financeiro à execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação que visem o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias e ferramentas de Bioinformática em Biotecnologia.
São contempladas duas linhas de ação, sendo a linha que envolve novas ferramentas de bioinformática terá R$5 milhões em recursos. Cada projeto a ser financiado poderá ter o valor máximo de R$500 mil.
Recursos para sequenciamento genético
A linha de novas tecnologias em biotecnologia com foco em edição genômica, “drug delivery” e sequenciamento genético tem recursos estimados em R$10 milhões. Cada projeto poderá obter até R$1milhão em financiamento. Os projetos poderão ter duração de até 36 meses.
A ação visa contribuir para o avanço do conhecimento na área, apoiar a consolidação de grupos de pesquisa nacionais e induzir a geração de conhecimentos aplicáveis no âmbito da biotecnologia brasileira, destaca o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A biotecnologia é a aplicação da ciência e da tecnologia aos organismos vivos, assim como às suas partes, produtos e modelos, com o objetivo de alterar materiais vivos ou não vivos para a produção de conhecimentos, bens e serviços.
Ela combina protocolos de pesquisa já existentes com novos procedimentos científicos derivados da bioquímica, biologia molecular e celular. Essa área do conhecimento aproveita processos biológicos celulares e moleculares e os coloca em produtos e inovações que trazem melhorias significativas.
A bioinformática envolve muitas áreas
A bioinformática, por sua vez, é uma área multidisciplinar, que envolve química, física, computação e ciências biomédicas e, por transitar por várias áreas do conhecimento, permite o acesso e gerenciamento eficientes de diferentes tipos de informações, com destaque para as áreas de fronteira de conhecimento, explica o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
As aplicações da bioinformática permitem: montagem de genomas, genômica comparativa, análise de expressão gênica, redes de regulação gênica, estudo do metabolismo, análise da estrutura de macromoléculas, desenho de fármacos e avanços na biologia evolutiva e sintética.
Inovação nas terapias e tratamentos
Essas novas tecnologias de precisão apresentam novas oportunidades e conhecimentos para o melhoramento de plantas e terapia gênica e outras terapias inovadoras na área médica e clínica contra o câncer e outras doenças. A biotecnologia é uma das áreas prioritárias como tecnologia habilitadora de ciência, tecnologia e inovação no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Desde a criação da “Política de Desenvolvimento da Biotecnologia”, em 2007, o país está estruturando o setor para o desenvolvimento da biotecnologia brasileira por meio do incentivo a projetos de pesquisa e desenvolvimento e à inovação.
Novas linhas de pesquisa
Além disso, o desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas em bioinformática é transversal às diversas áreas de conhecimento, destaca o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Essas tecnologias poderão ser empregadas em linhas de pesquisa e desenvolvimento em biotecnologia aplicadas à saúde humana, à agropecuária, à indústria e ao meio ambiente, atraindo investimentos e gerando diversos benefícios para a sociedade, destaca a divulgação oficial.