A inserção do Brasil na economia do “novo espaço”, a era da exploração orbital, foi tema de um painel promovido pela Escola Superior de Defesa (ESD), com a participação de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Ministério da Defesa.
MCTI debate a economia do “novo espaço”
De acordo com a recente divulgação oficial, as autoridades destacaram as principais ações e esforços que vêm sendo implementados para alavancar a atuação do país em todos os segmentos da atividade espacial.
Durante o painel, o ministro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) afirmou que o setor espacial é estratégico e o Brasil tem diferenciais competitivos, mas é preciso estabelecer uma política de estado para que o país se torne um player relevante nessa nova fronteira de negócios no mercado internacional.
Segundo ele, o espaço é uma das principais fronteiras do conhecimento no futuro, alavancadas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), e o país tem muito a oferecer.
Investimentos
O desafio no momento no país, apontou, é atuar de forma convergente para deslanchar na área espacial, destaca o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Na mesa-redonda, os participantes lembraram que o setor espacial representa um mercado bilionário e está presente em diversas aplicações do nosso dia a dia como, por exemplo, nas previsões meteorológicas e nos aplicativos de geolocalização.
Além disso, atividades da economia 4.0 ou economia digital precisam de serviços do setor espacial. Como desafio estratégico do país foi destacada a necessidade de investimento na formação de capital humano para atuar no setor, destaca a divulgação oficial.
Centro Espacial de Alcântara
Como vantagens competitivas do Brasil na área espacial, de acordo com os painelistas, estão as janelas de lançamento de satélites, como o Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão.
O presidente da AEB lembrou as condições benéficas do centro, que incluem a localização geográfica e o clima estável. Além disso, ressaltou a capacidade do Brasil de desenvolver satélites e aplicativos com aplicações espaciais.
Segundo ele, discutir a economia espacial abrange pesquisa, desenvolvimento, criação de oportunidades e a inserção do Brasil nessa cadeia global de valor, destaca o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Regulamentação
Para representantes do Ministério da Defesa, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, é suficiente para as pretensões espaciais do Brasil para os próximos anos. Eles alertaram, no entanto, que a inserção do Brasil na economia do novo espaço também precisa de um ambiente regulatório adequado e mão de obra qualificada.
Os participantes do evento receberam um certificado de participação, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).