A região oeste de São Paulo inicia a primeira colheita de abóbora cabotiá sob nova regra de exportação para a Argentina, de acordo com informações oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Mapa: nova regra de exportação para a Argentina impacta positivamente a economia brasileira
A partir de agora, abóbora, melão e melancia destinados ao mercado argentino passam a ser certificados na fronteira, e não mais na propriedade rural de origem.
Certificações elevam a confiabilidade entre a relação comercial
Segundo ressalta o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a região de Presidente Prudente, no oeste de São Paulo, começa neste mês a colheita da abóbora cabotiá que só poderá ser exportada para a Argentina pela nova regra firmada entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o país vizinho.
Assim sendo, a mudança implica principalmente na certificação dos produtos, que até então era feita na propriedade rural durante a colheita. Essas abóboras e outras cucurbitáceas (melão, pepino, melancia e etc) agora passam a ser certificadas nas áreas de fronteira, onde atua a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).
Plano de trabalho facilita a exportação
De acordo com a divulgação oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a alteração da regra está no plano de trabalho para exportação para a Argentina de cucurbitáceas produzidas no Brasil sob o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) da mosca-sul-americana-das-cucurbitáceas, como é conhecida a Anastrepha grandis.
Embora essa mosca seja considerada de importância secundária no Brasil, no país vizinho ela tem um status de importância quarentenária (praga, sem controle, pode causar impactos econômicos significativos na produção), explica o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Sistema de Mitigação de Risco (SMR)
Para que esses produtos brasileiros possam entrar na Argentina, os serviços de defesa agropecuária responsáveis por alguns municípios de São Paulo, da Bahia, de Goiás, Minas Gerais, do Paraná e do Rio Grande do Sul devem alterar os procedimentos operacionais e as medidas fitossanitárias com base nesse plano de trabalho.
No ano passado, a produção sob o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) no estado de São Paulo foi de 4.212 toneladas de abóbora e 600 toneladas de melancia, aproximadamente.
Acompanhamento
Para explicar as mudanças e supervisionar o SMR naquela região, auditores fiscais da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP) e servidores da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado, estiveram em Indiana (SP) de 19 a 21 de julho.
Eles se reuniram para alinhar os trabalhos, visitaram a casa de embalagem (local em que os frutos são beneficiados, classificados e embalados) e fizeram vistoria do campo para que a CDA pudesse realizar uma inspeção e corte de frutos. Esse modelo de vistoria eleva a qualidade das exportações e impacta positivamente as relações exteriores do Brasil, fortalecendo a economia.