A diferença de classe social no mundo não é de hoje, porém dados mostram que este cenário de diferença é gritante. Para se ter uma ideia, enquanto as 1000 pessoas mais ricas do mundo recuperaram suas perda econômica em nove meses, ainda durante a pandemia, as mais pobre vão levar no mínimo 14 anos.
Os dados que escancaram as diferenças sociais expostas pela pandemia, foi divulgado nesta segunda-feira (25), pela Oxfam, na abertura do Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, na Suíça.
“A pandemia escancarou as desigualdades – no Brasil e no mundo. É revoltante ver um pequeno grupo de privilegiados acumular tanto em meio a uma das piores crises globais já ocorridas na história. Enquanto os super-ricos lucram, os mais pobres perdem empregos e renda, ficando à mercê da miséria e da fome”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.
Pandemia aumenta diferenças sociais
A ONG ainda pontuou que financeiramente a pandemia tem a tendência de aumentar as diferenças em quase todos os países ao mesmo tempo. Este fato acontece pela 1º vez desde o início da série histórica, iniciada a mais de 100 anos.
Veja outros números e compare:
- Em fevereiro de 2020 os mais ricos tinham 100% dos seus lucros;
- Em março, inicio da pandemia, as fortunas caíram para 70,3%;
- Já em novembro, 9 meses após, os mais ricos já tinham 100% da sua fortuna;
- Isso sem contar aqueles que aumentaram suas fortunas;
- Ainda para se ter ideia, mesmo na crise financeira de 2008, uma das mais severas, os mais ricos demoraram apenas 5 anos para atingir o patamar de riqueza antes da crise;
Na pandemia os bilionários ainda acumularam S$ 3,9 trilhões. Isso entre 18 de março e 31 de dezembro de 2020. Assim a riqueza somada chegou a US$ 11,95 trilhões. O valor é significativo e é equivalente ao que os governos do G20 gastaram para enfrentar a pandemia