Mais de 60% dos professores avaliam que alunos estão mais violentos após pandemia, aponta estudo

Uma pesquisa realizada pela organização social Nova Escola apontou que 6 em cada 10 professores da educação básica consideram que os alunos estão mais violentos após a pandemia. Entre os docentes que participaram do levantamento, 65,8% observaram que houve aumento de agressividade entre os estudantes nas aulas presenciais.

De acordo com o Nova Escola, o levantamento foi realizado em julho deste ano e ouviu  5.305 educadores de todas as regiões do Brasil. A maioria dos professores (97,9%) acredita que o aumento da agressividade atrapalha o aprendizado dos alunos. 

Quanto aos episódios de agressividade, 22,9% dos docentes disseram que os casos acontecem mais de uma vez por semana na escola em que trabalham, enquanto outros 23,4% informaram que casos de violência acontecem mais de uma vez por mês.

Para os professores, o principal motivo desse cenário é o isolamento vivido pelos estudantes no período da pandemia (50,6%). Já o agravamento da vulnerabilidade das famílias durante a pandemia aprece em segundo lugar, com 46%.

Entre as questões citadas pelos docentes aparece também a pouca socialização dos alunos nos dois últimos anos. Nesse sentido, a diretora da Nova Escola, Ana Ligia Scachetti, ressalta os danos da falta de convivência social:

“A pandemia teve consequências negativas para toda a sociedade, mas as crianças e adolescentes sofreram mais por ter menos amadurecimento. Não é que elas ficaram dois anos sem ir para escola e perderam só conteúdos escolares, elas perderam dois anos de convivência social em um ambiente que é fundamental para o seu desenvolvimento”.

Scachetti ressalta ainda que “Todos os problemas sociais desembocam na escola, mas ela não pode resolvê-los sozinha”. Nesse sentido, a diretora da organização defende que é necessário um trabalho de várias frentes para solucionar os problemas que aumentam a agressividade entre os estudantes.

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