Mais da metade dos brasileiros guarda o smartphone antigo para emergências

Medida é uma forma de se precaver contra defeitos, roubo ou furto dos aparelhos, algo que quase um terço dos brasileiros já experimentaram

Entre os brasileiros, o hábito de ter um smartphone reserva é algo comum. Muitas vezes, a pessoa deixa de vender ou doar o aparelho antigo quando compra um novo e o deixa guardado em casa. É o que fazem 58% dos brasileiros assinantes de telefonia móvel, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – “O brasileiro e seu smartphone” de julho de 2023. 

Na média, cada uma dessas pessoas tem 1,1 aparelho antigo guardado em sua residência. Cruzando com dados do IBGE, isso significa que existem hoje aproximadamente 90 milhões de celulares velhos, mas que ainda funcionam, mantidos dentro das casas brasileiras.

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Essa prática é mais comum entre as pessoas na faixa de 30 a 49 anos: 60% têm um celular velho guardado em casa. Entre os jovens de 16 a 29 anos o percentual é menor, mas não muito distante (56%), assim como entre aqueles com 50 anos ou mais (57%). 

Não há diferença por renda familiar mensal quando comparadas as três faixas em que a pesquisa se divide: classes A e B, classe C, e classes D e E. Em todas elas, 58% dos entrevistados declaram ter algum celular velho guardado em casa. 

Esse hábito está relacionado à preferência do brasileiro por celulares novos. A grande maioria dos usuários de telefonia móvel do País (81%) comprou seu celular atual, enquanto 19% ganharam o aparelho. Entre os que compraram, 91% optaram por um aparelho novo, e apenas 9% adquiriram um usado. No grupo cujo smartphone atual foi um presente, 72% ganharam um aparelho novo e 28%, um usado. 

Preocupação com segurança 

O medo de usar o celular fora de casa continua o mesmo de um ano atrás: 83% dos brasileiros evitam usar o aparelho em determinados locais públicos para evitar o risco de ser roubado. 

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Imagem: Canva

Porém, quando analisado o medo por tipo específico de lugar, nota-se que houve quedas significativas em quase todos, mas principalmente no transporte público. Dentro de trens, caiu de 30% para 22% a proporção dos brasileiros com medo de usar o celular. Em ônibus, diminuiu de 55% para 48%. E no metrô, de 34% para 27%. 

Atualmente, apenas 12% dos usuários de smartphone têm seguro contra roubo/furto do seu aparelho, mesmo patamar de um ano atrás. Os mais precavidos são os mais jovens: 16% do público de 16 a 29 anos têm esse seguro, ante 9% daqueles de 30 a 49 anos, e 11% daqueles de 50 anos ou mais. E 41% têm algum app de rastreamento do celular. 

Quase um terço já foi roubado ou furtado 

A proporção de brasileiros que já tiveram um celular roubado ou furtado permaneceu praticamente mesma de um ano para cá: 31%, um ponto percentual a mais que na pesquisa anterior. Quase dois terços dessas pessoas (65%) disseram que foram vítimas apenas uma vez. A grande maioria (72%) tiveram um celular roubado ou furtado pela última vez antes de 2021. 

No Brasil, o roubo é mais comum que o furto de celular. Em 59% das vezes se trata de roubo – é o que indica esta pesquisa quando pergunta às vítimas como foi a última ocorrência. Pouco mais da metade (54%) afirma que providenciou o boletim de ocorrência na delegacia de polícia. E 81% procuraram realizar remotamente o bloqueio do aparelho, ou do chip, ou dos dois. Apenas 30% tentaram rastrear o aparelho roubado/furtado. 

Metodologia da pesquisa 

A Panorama Mobile Time/Opinion Box – “O brasileiro e seu smartphone” é uma pesquisa independente realizada por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções em pesquisas Opinion Box. 

O questionário foi elaborado por Mobile Time e aplicado on-line por Opinion Box entre 7 e 26 de junho de 2023 com 2.085 brasileiros que acessam a Internet, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.

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