Ao que parece, os brasileiros não precisarão aguardar tanto e ansiosamente pelo anúncio oficial do presidente Lula sobre um novo aumento do salário-mínimo. Esta “novela” está próxima de terminar, pois o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentará, em breve, a proposta com todos os detalhes do piso nacional. A intenção é aumentar dos R$ 1.302,00 atuais para R$ 1.320,00 a contar do início de maio.
A expectativa é grande para o anúncio ser feito na próxima semana. Assim, como você verá na matéria desta quarta-feira (15) do Notícias Concursos, são muitas questões que envolvem um novo aumento do salário-mínimo. Contudo, os brasileiros podem ficar despreocupados, uma vez que realmente haverá mudanças.
Lula e Haddad se reúnem para discutir situação do salário-mínimo
Lula e Haddad se reuniram na manhã da última terça-feira (14) para discutir sobre diversas pautas. Entre elas estava o ponto-chave do aumento do salário-mínimo, mas outros assuntos foram tratados também. Por exemplo, a possível elevação de metas da inflação e a isenção do Imposto de Renda.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, já tinha se adiantado no fim de semana, afirmando que o piso provavelmente teria um aumento ainda neste ano. Ele disse que estava sendo discutida a busca de um espaço fiscal de forma que fosse possível alterar o valor do salário-mínimo ainda em 2023. Caso houvesse esse espaço fiscal, o governo anunciaria uma mudança no dia 1º de maio.
O processo para a concessão do aumento
Desde que 2023 começou, é que o presidente Luiz Inácio Lula da Sila vinha trabalhando no processo da avaliação e do aumento da remuneração básica dos brasileiros. Nesse sentido, acabaram por acontecer algumas negociações junto aos líderes sindicais, que solicitaram um valor que estava um pouco acima do que será provavelmente fechado: R$ 1.342,00.
Esse valor um tanto mais alto despertou certas preocupações no mercado acerca do risco fiscal do governo. Portanto, por enquanto, não será levado adiante. Até mesmo pelo fato de o Governo Federal não ter orçamento que cubra a diferença deste gasto.
O aumento do valor extra, como citamos, estava sendo discutido desde a transição do governo, pois a equipe do presidente eleito, Lula, queria deixar a sua marca logo no começo do primeiro ano de mandato. Então, conceder o reajuste além do que seria o originalmente proposto por Jair Bolsonaro, ex-presidente do PL, seria uma vantagem.
Inclusive, foi Jair Bolsonaro quem assinou a Medida Provisória fixando o atual valor do piso nacional de R$ 1.302,00. Este acabou tendo o reajuste real de 1,4% por conta da inflação menor do que a que foi projetada inicialmente ainda em 2022.
Haddad e sua equipe preferiam manter o valor do salário-mínimo inalterado neste ano. Assim, evitaria um maior impacto nas contas, logo no momento em que se busca uma melhoria na situação fiscal do Brasil. Esta ala tem como principal argumento o valor, que está em vigor desde o 1º de janeiro, e que já representa o aumento real se comparado com o do ano passado.