Publicado pela primeira vez em 1982, o livro A Cor Púpura, escrito pela estadunidense Alice Walker, está presente em diversas listas de leituras obrigatórias para o vestibular. A primeira publicação da obra no Brasil foi feita pela editora Marco Zero em 1986, com a tradução de Peg Bodelson, Betulia Machado e Maria Jose Silveira.
O romance que aborda temas como racismo e violência sexual teve uma ótima recepção. Desse modo, no ano seguinte ao seu lançamento rendeu a sua autora o Prêmio Pulitzer, além de ganhar uma adaptação para o cinema em 1986.
Em A Cor Púrpura, Alice Walker conta a história de Celie, uma adolescente negra que sofre abusos por parte de seu progenitor. O romance é epistolar, ou seja, a narração da história se dá através de cartas. Celie escreve cartas endereçadas a Deus e a sua irmã Nettie na tentativa de espantar a solidão e de encontrar algum conforto na sua dura vida. Por ser um romance epistolar, a linguagem usada na narrativa foge ao uso padrão da língua. Sendo assim, é repleta de “erros” gramaticais, regionalismos e termos usados no dia a dia.
Enredo da obra
Celie é a irmã mais velha de muitos irmãos e, para proteger a sua irmã mais nova, ela sofre repetidamente com os abusos sexuais do pai. Desse modo, a jovem engravida, tem os seus filhos retirados do seu convívio e dados para outras famílias. Após engravidar e perder os filhos, Celie ainda acaba se casando a força. Após a morte da mãe de Celie, o pai da garota decide se livrar dela e a obriga a casar com um fazendeiro muito mais velho, Albert.
A irmã da jovem foge de casa em busca de liberdade, mas Celie fica aprisionada em um casamento com um homem que a maltrata. Assim, a jovem se afunda em depressão e segue a vida amargurada entre os trabalhos na roça e os cuidados com os filhos de Albert, frutos do seu primeiro casamento.
Apenas com a chegada de Avery Shug, amante de Albert, a história da personagem principal começa a mudar. Shug é uma mulher muito diferente de Celie e elas não se gostam incialmente. Enquanto Celie era maltratada, a amante de seu marido era uma mulher confiante e livre. Aos poucos, as duas se aproximam e a relação com Shug, leva Celie a conquistar autonomia e independência.
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