A escrita é uma das invenções mais importantes da história da humanidade, permitindo a transmissão de conhecimento através do tempo e espaço. O alfabeto é a base da escrita ocidental e é utilizado em muitas línguas, incluindo a Língua Portuguesa.
O alfabeto é um sistema de escrita que utiliza um conjunto de símbolos (as letras) para representar os sons de uma língua. A origem do alfabeto remonta a cerca de 4 mil anos atrás, na região do Oriente Médio, onde surgiram os primeiros sistemas de escrita alfabética.
O alfabeto que conhecemos hoje é uma evolução de outros sistemas de escrita, sendo que a origem mais antiga conhecida é o alfabeto fenício, que surgiu por volta do século XII a.C. na região que hoje é o Líbano. O alfabeto fenício contava com 22 letras. Os fenícios usavam esses símbolos para escrever a língua fenícia.
Posteriormente, os gregos adotaram o alfabeto fenício, acrescentando algumas letras. Assim surgiu o alfabeto grego. Esse alfabeto tinha 24 letras e foi utilizado para escrever a língua grega e outras línguas faladas na região. A partir do alfabeto grego houve o desenvolvimento de outros alfabetos, como o alfabeto latino, utilizado para escrever a Língua Portuguesa e o Italiano, por exemplo.
Contexto histórico
A história da língua portuguesa tem suas raízes no latim vulgar, uma forma simplificada do latim clássico usada na região da atual Portugal. Com a decadência do Império Romano no século V, diversos povos germânicos invadiram a Península Ibérica, contribuindo para a evolução do latim vulgar local.
No entanto, foi com a chegada dos mouros, no século VIII, que a língua portuguesa começou a se diferenciar do restante do latim vulgar. Durante a ocupação islâmica, a população local conviveu com os árabes, absorvendo termos e estruturas linguísticas da língua árabe. Essa influência está presente até hoje em palavras como “azeite” e “açúcar”, por exemplo.
Com a Reconquista Cristã, que culminou na independência de Portugal em 1139, o português começou a se estabelecer como uma língua distinta. Durante a Era dos Descobrimentos, nos séculos XV e XVI, o português, que já estava consolidado, se espalhou pelos quatro cantos do mundo, acompanhando os navegadores portugueses em suas viagens de exploração. Com isso, a língua portuguesa absorveu influências de diversas línguas nativas, tanto indígenas quanto africanas.
No século XIX, com a expansão do império colonial português, a língua portuguesa continuou a se espalhar pelo mundo. No entanto, as diferentes variedades regionais começaram a se distanciar umas das outras, surgindo os chamados “falares” ou “dialetos” locais. Isso se deveu principalmente ao isolamento geográfico e à influência de línguas locais e de outros colonizadores.
Com o fim do império colonial português no século XX, os países lusófonos buscaram promover a unificação e a padronização da língua portuguesa. Os países falantes do português, em 1990, assinaram o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa com o objetivo estabelecer uma grafia comum para todos os países lusófonos. Nesse sentido, a comunicação entre eles se tornaria mais simples.
Alfabeto latino
Também chamado de alfabeto romano, o alfabeto latino é o sistema mais usado atualmente. Esse sistema teve sua origem a partir do alfabeto grego. Os romanos adaptaram o alfabeto grego para escrever a língua latina falada na região da Itália. Inicialmente esse alfabeto tinha 23 letras.
Com a expansão do Império Romano, o alfabeto latino foi difundido por toda a Europa e outras regiões do mundo. Com o passar do tempo, criaram diversas variações do alfabeto latino para se adaptar às línguas faladas em cada região. No caso da Língua Portuguesa, o alfabeto latino conta com 26 letras. A adição das letras K, W e Y é mais recente e tem como objetivo escrever palavras de origem estrangeira.
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