Levantamento revela que o auxílio-educação deixou de ser um diferencial para os trabalhadores - Notícias Concursos

Levantamento revela que o auxílio-educação deixou de ser um diferencial para os trabalhadores

De acordo com dados levantados pela Bematize, consultoria de benefícios flexíveis, apenas 0,25% dos trabalhadores de empresas que oferecem bolsas e descontos para educação, utilizam o benefício. 

A consultoria avaliou as escolhas de mais de 7.800 funcionários de 6 empresas que oferecem benefícios flexíveis. 

Para Ronn Gabay, especialista em benefícios, o auxílio-educação deixou de ser diferenciado há um tempo. 

Ele revela que isso está relacionado à crescente oferta de cursos acessíveis no mercado de educação, o que torna o produto um commodity.

“Antes notávamos a busca pelo auxílio-educação como um diferencial para ajudar o colaborador a custear cursos de graduação e pós-graduação de renomes no mercado, e com um preço elevado, que sozinho ele não conseguiria pagar. Hoje, com o surgimento de novos produtos, principalmente impulsionados pelo ensino à distância, isso mudou. O colaborador encontra opções a baixo custo e com boa qualidade. Com isso, esse tipo de benefício vem sendo deixado de lado como um diferencial”, comenta Gabay.

A pesquisa feita pela Bematize também demonstra que o seguro de vida, benefício que até então se enquadrava como commodity, é o mais modificado pelos colaboradores de empresas que oferecem benefícios flexíveis. 88,05% dos trabalhadores optaram por elevar seus capitais segurados em 2020 se comparado a 2019 no seguro de vida. 

A assistência médica, outro benefício muito valorizado pelos colaboradores das empresas, apresentou opções de redução do nível do plano por 16,64% dos colaboradores do grupo.

Pandemia

Ronn Gabay, colaborador da Bematize, acredita que a pandemia causada pelo coronavírus também impulsionou a preferência de benefícios dos colaboradores, 

“Muitas oportunidades de aprendizados acessíveis e gratuitas surgiram, como é o caso das lives executivas nas redes sociais. Isso sem falar nos aplicativos de ginástica e atividades físicas, que possibilitou ao colaborador se exercitar em casa e com um baixo investimento. 

Tudo isso contribuiu para que ele revisse seu pacote de benefícios, priorizando aqueles que faziam mais sentido para o momento atual”, explica.

O especialista finaliza alertando que muitos outros benefícios podem se tornar commodities nos próximos anos e que as empresas precisarão reavaliar a gestão de benefícios se quiserem reter seus talentos. 

“Não só o auxílio-educação pode se tornar um commodity, muitos outros também entram nessa lista. As companhias deverão usar da criatividade ao compor os produtos da gestão de benefícios para atrair os melhores profissionais do mercado e ainda reter seus atuais talentos”, finaliza Gabay.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Bematize.

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