Pode-se definir Legal Design como a aplicação de técnicas específicas do Design ao Direito.
Assim, pode ter aplicabilidade que vai desde a tomada de decisão e o planejamento do escritório até o seu aspecto visual propriamente dito.
É inegável o quanto a advocacia tem se transformado nos últimos anos, para não falar nas últimas décadas.
Entre processo de globalização e avanço da tecnologia, é difícil encontrar uma área que tenha se mantido igualmente.
E quando falamos da advocacia, esse processo de mudança vai desde o direito material e ao direito processual e ao próprio odo de advogar.
Novas técnicas de gestão, sobretudo, ganharam e ainda ganham destaque no mercado jurídico, entresign Thinkinge elas o Legal Design.
Nos dois últimos anos, o Legal Design, que empresta do design thinking a metologia aplicável ao Direito pareceu conquistar escritórios de advocacia de todos os tamanhos. É disso que trataremos a seguir. Confira!
O que é Legal Design: entre o Visual Law e o Design Thinking
Inicialmente, Legal Design é aplicação de técnicas específicas do Design ao Direito.
Assim, pode ter aplicabilidade que vai desde a tomada de decisão e o planejamento do escritório até o seu aspecto visual propriamente dito.
Muitos se equivocam ao pensar que o Legal Design trata apenas de estética das petições, dos contratos ou da marca do escritório, em uma confusão com o Visual Law.
Embora o aspecto visual seja também importante, sobretudo para um meio em que a comunicação é vista com formalismo, existem mais benefícios nessa técnica que mescla design e administração.
Desse modo, o Legal Design pode estar na marca, na forma de um contrato, mas também pode estar na estrutura dos escritórios de advocacia, no modo de entender e de atender ao cliente.
Por meio do Legal Design e das técnicas de investigação e prototipação provenientes do design thinking, é possível compreender melhor aquele que utilizará o serviço.
Por conseguinte, desenvolver o seu trabalho de modo que concilie os seus objetivos com os interesses dessas pessoas. Isto gera, assim, mais eficácia para a atividade.
O que é Design Thinking
Por sua vez, o design thinking é uma metodologia de pensamento e observação que pode ser aplicada não somente ao design como área em específico.
Outrossim, às demais áreas, como o Direito (por meio do Legal Design) e a administração – o que influencia também na gestão do escritório de advocacia.
Nas palavras de Vianna, portanto:
Embora o nome “design” seja frequentemente associado à qualidade e/ou aparências estética de produtos, o design como disciplina tem por objetivo máximo promover bem-estar na vida das pessoas. No entanto, é a maneira como designer percebe as coisas e age sobre elas que chamou a atenção de gestores, abrindo novos caminhos para a inovação empresarial.
[…] como o nome já diz, o Design Thinking se refere à maneira do designer de pensar, que utiliza um tipo de raciocínio pouco convencional no meio empresarial, o pensamento abdutivo. Nesse tipo de pensamento, busca-se formular questionamentos através da apreensão ou compreensão dos fenômenos, ou seja, são formuladas perguntas a serem respondidas a partir das informações coletadas durante a observação do universo que permeia o problema. Assim ao pensar de maneira abdutiva, a solução não é derivada do problema: ela se encaixa nele.
Se o pensamento do designer é também voltado à resolução de problemas, por que não seria aplicável ao Direito também e aos conflitos encontrados na prática da advocacia?
Como aplicar o Legal Design ao escritório de advocacia
Atualmente, existem diversos cursos sobre o tema de Legal Design e de Visual Law.
O primeiro caminha em direção à aplicação do Design Thinking ao meio jurídico para além do seu aspecto visual.
Por sua vez, o segundo foca mais especificamente no caráter estético das produções jurídicas: peças, contratos, marca e outros.
Assim, aplicar o Legal Design ao escritório é mais uma mudança de mindset do que necessariamente a mudança estética do empreendimento.
Por isso, esses cursos já podem oferecer uma noção de como aplicar novas estratégias de administração.
Igualmente, gestão de projetos e formas de comunicação e oferta de serviço, dentro das quais poderão se modificados aspectos do Visual Law.
Isto não significa abdicar das formalidades muitas vezes exigidas juridicamente.
Mas um contrato mais inteligível pode acompanhar o outro mais formal de modo a gerar clareza para as partes e eventuais transtornos por desconhecimento de cláusulas, por exemplo.
Afinal, nem todos entendem exatamente termos jurídicos ou mesmo a forma de escrever própria ao Direito.
Apesar dos cursos ensinarem técnicas, contudo, é preciso diferenciar o trabalho de um designer do trabalho de um advogado ou de uma advogada.
Isto é, as especializações são ótimas para que o profissional tenha controle sobre as estratégias do escritório.
No entanto, é sempre recomendado buscar profissionais capacitados a efetuar o serviço de design.
Assim, o gestor consegue definir os elementos do projeto e repassá-los a quem tem a quem tem a expertise na área visual.