INSS: o número que animou quem precisa de um benefício
Governo federal anunciou nesta semana novos dados sobre o tempo médio de espera para o recebimento de benefício do INSS
Se você está entre os milhares de brasileiros que estão na chamada fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), saiba que você ganhou uma boa notícia nesta semana. Segundo números oficiais, o tempo médio de espera por uma reposta está caindo no Brasil.
De acordo com o Portal da Transparência Previdenciária, o tempo médio para concessão de aposentadorias, pensões, salário-maternidade e auxílios do INSS caiu de 79 para 47 dias. Hoje, é possível dizer que o Instituto está muito próximo de cumprir a meta de reduzir o tempo médio de espera para 45 dias.
Este novo número, no entanto, inclui apenas os pedidos que estão no chamado estoque. São casos de pessoas que ainda não passaram pela primeira avaliação dos servidores do INSS. A lista, portanto, não inclui os casos de processos que estão em situação de exigência, ou seja, que estão aguardando o envio de alguma documentação específica do segurado.
Quando se compara com os números do final de 2022, é possível afirmar que o tempo médio de espera do INSS foi reduzido em 40%, após a adoção de uma série de medidas pelo governo federal nos últimos meses.
Documentação correta agiliza fila do INSS
Mais uma vez, membros do INSS alertam que o cidadão que entra com um pedido de entrada no Instituto precisa prestar bastante atenção aos documentos que são exigidos. Quando ele esquece de enviar qualquer um deles, é provável que o indivíduo passe mais tempo na fila.
“Documentos todos certos agilizam a análise e a liberação do benefício por parte do INSS. Quando isso não acontece, cria-se um problema para o segurado, que não terá a concessão, e para o INSS também, pois a fila de espera não anda”, disse o coordenador de Benefícios da Superintendência Regional do INSS no Rio de Janeiro, Flávio Souza.
Queda na fila do INSS
Outro dado que chama atenção neste momento é a redução geral no tamanho da fila de espera do INSS. Também considerando os dados do último mês de dezembro, é possível afirmar que o número de brasileiros que aguardam por uma resposta foi reduzido de 1,6 milhão para 1,5 milhão.
Desse montante, cerca de 1 milhão se referem a solicitações de benefícios previdenciários e assistenciais. Para além disso, há também outros 500 mil que solicitaram o benefício por incapacidade temporária, mais conhecido como auxílio-doença.
“Fila nunca vai acabar”
Em entrevista recente, o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), falou sobre o processo de redução da fila de espera. Em declaração polêmica, ele chegou a dizer que a fila de espera “nunca vai acabar”, e que a pessoa que diz que é possível acabar com a lista está “mentindo”.
Contudo, Lupi deixou claro que vai trabalhar para reduzir o tempo de espera médio para receber o benefício que, por lei, deve ser de 45 dias, no máximo. Para o ministro, será possível reduzir a média para 30 dias até o final do ano.
“Todo mês entram 900 mil pedidos, 1 milhão de pedidos novos, então todo mês terão pelo menos de 900 mil a 1 milhão de pessoas pedindo e ninguém resolve assim, tem que conferir documento, tem que ser justo”, afirmou.
Ele também criticou a falta de peritos:
“Nós temos hoje cerca de 3 mil peritos para cuidar do Brasil inteiro. E o que acontece? No interior do Brasil é difícil o acesso. Você vai, por exemplo, de João Pessoa até Campina Grande, é fácil, mas no interior da Paraíba é mais difícil. A mesma coisa no Rio Grande do Norte. Imagina na Amazônia, onde você só tem acesso a alguns municípios de barco. Então nós estamos começando a fazer um mutirão, no qual nós vamos pegar um grupo – e isso já está acontecendo – de médicos peritos para irem, principalmente, aos locais mais distantes onde as pessoas precisam.”