O INSS pode, ocasionalmente, incorrer em equívocos durante o processo das requisições de benefícios previdenciários. Isso leva a valores inapropriados para os segurados.
O que uma considerável parcela da população desconhece é que tais enganos perpetrados pela entidade podem beneficiar o requerente. Mas isso, desde que este esteja ciente de como agir diante do INSS.
Os erros que podem interferir na aposentadoria
Frequentemente, a instituição conhecida como INSS detém dados que têm potencial para influenciar consideravelmente o desfecho de sua aposentadoria. A autarquia também pode incorrer em falhas durante o processamento de pedidos de aposentadoria, levando a quantias inadequadas para os beneficiários.
Em tais circunstâncias, dá para reverter esses lapsos, potencialmente alcançando até mesmo um montante superior. Alguns cenários nos quais é apropriado requerer uma revisão de sua aposentadoria são mais frequentes do que se imagina. Incluem-se:
- Ocupações em ambientes perigosos ou insalubres;
- Períodos de emprego não documentados;
- Atividades agrícolas anteriores a 1991;
- Serviço militar prestado;
- Contribuições efetuadas com atraso.
Se o INSS negligenciou qualquer destas situações durante o seu pedido de aposentadoria, você pode ingressar com uma solicitação de revisão. Nesse contexto, é crucial apresentar evidências documentais que confirmem o tempo de serviço ou as responsabilidades desempenhadas.
Revisão de benefícios do INSS
Nas situações anteriormente destacadas, os segurados do INSS possuem o privilégio de pleitear uma reavaliação de seus pagamentos. Para efetuar tal requerimento, torna-se imperativo submeter uma petição ao órgão que fará a inspeção dos registros pertinentes às circunstâncias citadas.
Com o processo de solicitação em curso e a reanálise contemplando qualquer das condições enumeradas, torna-se viável assegurar um benefício ampliado. Dessa forma, o repasse se alinhará às ocupações exercidas durante a trajetória profissional.
Como solicitar
A requisição pode ser efetuada de forma presencial ou através dos meios de comunicação disponibilizados pelo INSS. Isso garantirá a legitimidade do trâmite e possibilitará a análise das recentes contribuições com o objetivo de ampliar o montante recebido.
Todavia, é essencial dispor da assessoria de um advogado especializado em previdência para prevenir complicações. Isso porque a ausência de documentos pode ter repercussões adversas sobre o benefício já outorgado.
Pente-fino da autarquia
Em 2022, o Tribunal de Contas divulgou um relatório que indicava uma série de irregularidades no INSS. O relatório destacou que o órgão concedeu benefícios de forma inadequada a pessoas que não se enquadravam nos requisitos legais. Por exemplo, indivíduos que estavam aptos para o trabalho ou que já haviam recebido outro benefício.
As práticas fraudulentas mais frequentes identificadas pelo TCU incluem:
- Falsificação de documentos médicos;
- Falsificação de identidade;
- Utilização de documentos pertencentes a terceiros.
Para realizar uma revisão minuciosa, o INSS examinará uma variedade de documentos. Seguem abaixo alguns documentos que o segurado deve apresentar caso seja convocado para a reavaliação do INSS:
- Relatórios médicos;
- Exames;
- Receitas médicas;
- Carteira de trabalho;
- Declaração de imposto de renda;
- Comprovantes de renda;
- Comprovantes de despesas.
A avaliação dos documentos será realizada por uma equipe de funcionários do INSS. A equipe poderá conduzir entrevistas com os beneficiários suspeitos de envolvimento em fraudes ou irregularidades.
Benefícios revisados
- Aposentadorias por incapacidade;
- Auxílio temporário por doença;
- BPC;
- Auxílio-falecimento;
- Auxílio em decorrência de acidente.
Os beneficiários que forem convocados para a revisão detalhada do INSS devem fornecer toda a documentação médica e previdenciária essencial para comprovar sua situação. No caso de não apresentação dos documentos, o benefício pode estar sujeito à suspensão ou cancelamento.
Etapas do pente-fino do INSS
O pente-fino do INSS é conduzido em etapas. Na primeira fase, o órgão seleciona os beneficiários que serão chamados para a perícia médica de revisão, com base em critérios que incluem:
- Idade: Beneficiários mais avançados em idade têm uma maior probabilidade de serem convocados para a perícia médica de revisão;
- Tempo de recebimento do benefício: Beneficiários que recebem por um período mais longo também têm uma maior probabilidade de serem selecionados para a perícia médica de revisão;
- Tipo de benefício: Alguns tipos, como a aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença, têm maior probabilidade de serem alvo do pente-fino.
É importante que os beneficiários estejam cientes desses critérios e estejam preparados para apresentar toda a documentação necessária durante o processo de revisão. Assim, será comprovada sua condição para continuar recebendo o benefício de forma adequada.