Inmetro lista os carros Flex mais econômicos do Brasil (confira!)
Ranking do PBEV sofreu uma grande atualização este ano
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), divulgou uma lista relacionada ao consumo dos combustíveis dos veículos automotivos comercializados no país em 2023. De acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBEV), o ranking traz uma média de 747 modelos.
São carros a passeio ou veículos comerciais leves que estão atualmente à disposição no mercado, produzidos por cerca de 35 montadoras. A lista sofreu uma atualização e agora inclui modelos recentes ou comercializados ano passado. O PBEV comemora 15 anos desde que começou a divulgar seu ranking.
Todavia, os veículos presentes na lista do Inmetro deste ano, tiveram seus motores alterados em busca de atender aos novos limites de emissão determinados pelo Proconve L7. Ele é uma nova fase do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores disponível em nosso país.
A lista de 2023, com os veículos, foi divulgada hoje (01/02) na página do instituto. Há alguns veículos cujo lançamento é recente, como a nova geração da Picape Chevrolet Montana, o carro elétrico Peugeot E-2008 e até mesmo a McLaren com seu super esportivo Artura, um híbrido plug-in.
Lista de 2023
De acordo com o chefe da Divisão de Verificação e Estudos Técnicos do Inmetro, Hércules Souza, ao se comparar o ranking dos carros mais econômicos de 2023, com a lista do ano anterior, houve um avanço de 5% na média de consumo energético nos veículos da categoria SUV grande.
Analogamente, em relação aos carros SUV compactos, houve uma redução de 2%. Para Souza, a queda no índice é relacionada à entrada de novos veículos no mercado, elétricos e híbridos, que foram analisados para entrarem na lista deste ano. Desse modo, seu lançamento trouxe consequências para o ranking de 2023.
Como o Inmetro avalia o consumo do veículo
A princípio, o PBEV faz a medição do consumo energético do carro em megajoules por segundo (MJ/Km) e em Km/l, dos modelos de veículos comercializados. Ele faz uma avaliação sobre o gasto devido de energia, para que o automóvel possa se locomover. O menor gasto a cada km rodado indica a eficiência do automóvel.
Desse modo, para realizar a medição, o PBEV utiliza um padrão de consumo, realizado em condições controladas. Dessa maneira, o Inmetro dá uma nota que vai de A para os veículos com grande eficiência energética, até E para os carros menos eficientes.Ou seja, é criado um ranking relacionado aos automóveis analisados.
Carros elétricos
O PBEV deste ano traz uma outra novidade, relacionada ao consumo de carros elétricos. Ele fez uma análise a respeito da autonomia de seus veículos. As informações coletadas sobre estes automóveis utilizam uma metodologia estabelecida pela Environmental Protection Agency (EPA), que usa a norma SAE.
Através dessa metodologia há uma correção de 30% nos testes de autonomia dos carros elétricos, em busca de uma maior aproximação entre os dados obtidos em laboratórios com testes em ambientes reais. A novidade apresenta ao consumidor a autonomia do veículo de acordo com a distância percorrida.
Ademais, com essa nova forma de testar os automóveis elétricos, o formato acompanha o novo mercado de carros e sua evolução ao passar dos anos. Há uma grande discussão da indústria desde 2020, envolvendo o tema. De acordo com Souza, houve inclusive uma consulta pública.
Os ensaios feitos com os veículos elétricos utilizaram a metodologia dos Estados Unidos, Society of Automotive Engineers (SAE). Aliás, ela já é endossada nas montadoras e importadoras de automóveis no Brasil desde 2020. Portanto, ja se conhecia o novo teste destes carros elétricos.
Conclusão
Vale ressaltar que o Inmetro publicou uma portaria 377/2011 no qual os modelos de veículos à combustão devem trazer consigo, os valores em suas etiquetas e nas divulgações com os testes ajustados para refletir o uso real dos automóveis. Dessa maneira, apresenta-se seu consumo por litro (Km/L).
Em conclusão, desta maneira, o consumidor pode analisar o consumo real do carro. Eles aplicaram nos testes fatores correcionais de 28% relativos aos ensaios feitos em laboratório. Portanto, quem deseja comprar um carro novo deve observar o selo do Inmetro e ver qual é seu gasto real de combustível.