São diversos os fatores que levam os adolescentes a iniciarem cada vez mais cedo a vida sexual. Ser aceito entre os colegas, estímulos da TV, internet e até a carência do afeto dos pais podem ser gatilhos para que o sexo aconteça de forma precoce.
Além dos riscos em adquirir uma Doença Sexual Transmissível (DST) ou gravidez indesejada, devido à falta de maturidade para uma prevenção no ato sexual, esses adolescentes ainda ficam suscetíveis a outras consequências prejudiciais à saúde, só que dessa vez no campo mental.
Depressão, ansiedade e até a baixa autoestima estão entre as principais ocorrências desses jovens, que acabam buscando no sexo preencher lacunas emocionais, entre amor, atenção e segurança.
Essas consequências são comuns, de acordo com os especialistas, visto que com a falta de maturidade, esses adolescentes acabam banalizando esses momentos íntimos, fazendo o sexo sem compromisso e com múltiplos parceiros.
O resultado são relações superficiais e dificuldade em estabelecer laços sólidos, o que gera sentimentos de frustração e logo, os transtornos emocionais.
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Outras consequências do sexo precoce
Além disso, de acordo com um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o consumo de álcool e substâncias ilícitas também é mais recorrente em adolescentes, que iniciam a vida sexual precocemente.
Segundo os pesquisadores, esses adolescentes acabam fazendo uso dessas substâncias, a fim de se sentirem encorajados para praticar o ato, inclusive, essas atitudes podem representar aos seus colegas e afins, maior maturidade.
A importância do diálogo em casa
Ainda de acordo com os pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para evitar este tipo de comportamento entre os adolescentes, o ideal é fortalecer o diálogo em casa.
Desenvolver a boa autoestima e responsabilidade entre os jovens pode fazer toda a diferença na relação com os colegas e companheiros referente às questões sexuais.
Também é importante demostrar o amor e preocupação por esses adolescentes, já que segundo a pesquisa da Unifesp feita com mais de 6 mil adolescentes entre 12 e 15 anos, “a incidência de iniciação sexual precoce é duas vezes maior entre estudantes com pais permissivos ou negligentes”.
Diante disto, esses adolescentes acabam buscando suprir o vazio emocional, por meio das relações sexuais e ao invés de encontrarem amor, acabam desenvolvendo esses problemas emocionais.
Como lidar com a ansiedade e depressão em adolescentes?
Em meio a essas consequências que prejudicam a saúde mental dos adolescentes, algumas podem se tornar crônicas, por isso, quanto mais cedo for identificado e iniciado o tratamento, mais chances esses jovens terão de seguir com a vida sem traumas.
A reclusão social, irritabilidade, falta de motivação e alterações no humor são sinais de que alguma coisa não anda bem na saúde mental do adolescente, por isso, é sempre importante estar a tento a qualquer mudança de comportamento.
Para estes casos, buscar auxílio psicológico é imprescindível. Psicoterapias são estratégias que ajudam o jovem a identificar seus bloqueios e buscar soluções de forma quase que espontânea, o que não gera constrangimentos mesmo que o assunto abordado seja o sexo precoce.
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